As esculturas da cidade

Andrea Matarazzo


Em meio à correria do cotidiano desta nossa metrópole é raro, mas, por vezes, o olhar paulistano para e consegue contemplar sua cidade. Quando acontece, são muitas as belezas e preciosidades que podem ser vistas. Chamo a atenção para as esculturas de São Paulo. Os leitores talvez não saibam que algumas delas chegaram recentemente a espaços públicos - e outras ainda virão para aumentar o acervo ao ar livre que temos a nossa disposição.

Na Praça Oswaldo Cruz, no final da Avenida Paulista, será instalada dentro de alguns meses a mais nova escultura da capital. A artista plástica Maria Bonomi nos procurou para doar a Plexus, que lembra uma tesoura. À sua época, o grandioso escultor Victor Brecheret também presenteou a cidade com várias esculturas, como o Monumento a Duque de Caxias, na Praça Princesa Isabel. Há também obras escondidas de Brecheret, como o encantador túmulo de Olívia Guedes Penteado, no cemitério da Consolação, ou o Monumento a Ramos de Azevedo, no campus da USP.

As Musas da Engenharia e da Escultura, por outro lado, atualmente podem ser vistas por muita gente. A dupla de estátuas de Galileo Emendabili, que antes estavam no Museu da Casa Brasileira, foram colocadas na praça Luis Carlos Paraná, na Faria Lima, seguindo decisão do juiz Fausto de Sanctis. Lá perto, no Parque do Povo (Itaim Bibi), encontramos o quadrúpede de Florian Raiss.

Infelizmente, algumas são alvo de vandalismo, como o Homem na Chuva, no mesmo local. Outro caso de vandalismo teve desfecho positivo: a escultura Ascensão, retirada da Praça das Guianas após ter sido depredada. Em 2006, a obra da alemã Charis Brandt, restaurada, voltou a seu local de origem, ao lado do Monumento a Garcia Lorca.

Aos que gostam de esculturas,  sugiro que prestem atenção ao seu redor, pois, de repente, poderão estar muito próximos  a alguma das grandes obras que fazem dos espaços públicos de São Paulo um museu a céu aberto.

Fonte: Diário de São Paulo

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