Serra: 'Troglodita de direita é quem apoia o Ahmadinejad'


Candidato chamou Marco Aurélio Garcia de direita e afirmou que petistas estão 'organizados' no discurso de ataque


O presidenciável tucano, José Serra, rebateu hoje as afirmações do presidente do PT, José Eduardo Dutra, de que Serra vestiu o figurino de “direita troglodita”. “Troglodita de direita” é quem apoia o Ahmadinejad (presidente iraniano), que está matando mulheres a pedradas”, disse Serra, que tem criticado as negociações do governo Lula com o Irã.

Ele participou nesta quinta-feira de sabatina promovida pela Record News e pelo portal R7.

Após a sabatina, ele negou, em entrevista, que estivesse se referindo ao governo federal. "Não estou chamando o governo de troglodita de direita. Não estou falando de governo", disse Serra.

Referindo-se à série de ataques de lideranças petistas na última semana, José Serra disse que “eles estão muito bem organizados para ficarem repetindo a mesma coisa”. Serra se defendeu dizendo que é “militante dos direitos humanos” e minimizou o debate entre direita e esquerda. “Falar de esquerda é falar em direitos humanos”, afirmou.

Em entrevista ao iG, o ex-ministro da Justiça e candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PT, Tarso Genro, também atacou o tucano. Para Tarso, Serra se aproxima de “linguagem golpista e fascista”. Para José Serra, esses ataques mostram a “falta de coisas pra dizer”.

Na semana passada, o assessor de Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, chamou o candidato a vice-presidente na chapa tucana, o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), de “perturbado” por relacionar o PT com as Farc e com o narcotráfico. “Marco Aurélio é de direita, não tem nada de esquerda”, disse Serra.

Fonte: Nara Alves - Último Segundo

Comentários

  1. Top, Top, Garcia e Serra
    Li nos jornais as seguintes declarações do ministro Marco Aurélio Garcia, sobre José Serra:
    “...Serra correu em direção à direita mais atrasada e raivosa”; “Ele caminha para um fim melancólico”; “ A carreira dele terminará em três de outubro”; “Isso é complexo de vira-latas de setores que não estão acostumados com a visibilidade, a presença e a credibilidade do Brasil no exterior.
    Calma, ministro! Vamos aos fatos:
    1) Atrasados e raivosos são os personagens internacionais com que V. Sª. se relaciona no exterior, cujas mentalidades estão ainda no século XIX. Entre eles estão: Fidel e Raul Castro, Hugo Chávez, Ahmadinejah, Zelaya e uma série de ditadores mundo a fora, que o mundo civilizado abomina;
    2) Para um fim melancólico iria o Brasil, caso a sua candidata ganhe as eleições e ponha em prática as propostas elaboradas por V. Sª, em parceria com ela e com os seus não menos atrasados companheiros: Paulo Vanucci, Tarso Genro e Franklin Martins. Aquelas propostas do tipo “controle da mídia”; incentivo e permissão para se invadir terras e o proprietário não poder acionar a justiça, mas tentar negociar com os invasores; descriminalização do aborto; rever a lei da anistia que pacificou o país, etc. Aquelas propostas que a sua candidata aprovou e registrou no STE, mas, depois se arrependeu e alegou que assinou sem ler.
    3) Em três de outubro terminará a carreira de V. Sª, pois a sua candidata perderá as eleições e nenhum outro governante além desse governo, promoveria ao cargo de ministro (se bem que até hoje ninguém justificou a necessidade da sua pasta), alguém com tal perfil e mentalidade medieval;
    4) Constrangido está o Brasil com as recentes vergonhas que este governo tem protagonizado por meio de V. Sª e do seu parceiro Celso Amorim, no âmbito internacional, como no caso de Honduras, onde deram guarida durante meses na embaixada brasileira, a um presidente que a Suprema Corte depusera por atentado à Constituição. Envergonhados estamos nós, com o seu presidente (seu porque não votei nele), dando gargalhadas junto com os irmãos Castro, enquanto um dissidente político, preso por discordar do regime, morria em greve de fome. Ele além de não interceder pelo preso político, ainda o comparou aos bandidos de São Paulo e do Rio de Janeiro.
    5) A credibilidade a que V. Sª se refere talvez seja aquela que o Brasil ganhou ficando isolado no mundo ao lado de um terrorista como o presidente do Irã, que além de fraudar as eleições, perseguiu opositores, manda enforcar homossexuais, apedreja mulheres que adulterarem e quer a todo custo desenvolver armas nucleares, para entre outras atrocidades destruir o estado de Israel.
    6) Constrangedor Sr. Ministro foi a cena protagonizada por V. Sª, quando brasileiros ainda choravam a perda de seus familiares e V. Sª soltou um “top, top, top”, que acabou sendo incorporado ao seu nome. Um profundo desrespeito com as vítimas do descaso desse governo com o setor aéreo e com a infra-estrutura no país.
    José Serra Sr. Ministro é um dos políticos mais honrados desse país. Em todos os cargos que ocupou, alcançou o reconhecimento, inclusive da ONU, como o melhor ministro da saúde do mundo. Diferente de mim, ele é sim de esquerda, mas, uma esquerda civilizada. Não uma esquerda que assalta cofres, seqüestra embaixadores, pratica explosões e mata pessoas. José Serra nunca sujou as mãos de sangue. Quando lhe negaram os direitos políticos no Brasil e depois no Chile, ele foi ao exílio, e diferente do seu presidente, estudou, tornou-se professor, dando aulas no Chile e nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, lutou pela redemocratização de forma legal, apoiou Tancredo Neves, a Constituição de 88, o Plano Real, a Lei de responsabilidade fiscal, ajudou a implantar os genéricos e trouxe muitos outros benefícios ao Brasil.

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