Para fugir de um problema enfrentado por Geraldo Alckmin nas eleições de
2006 - a falta de aliados fortes em alguns estados -, o PSDB pretende
criar comitês em todos os Estados onde não tem candidato próprio a
governador. Segundo o senador Sérgio Guerra, presidente do partido e
coordenador da campanha de José Serra à presidência, o Rio de Janeiro, a
Paraíba e o Amazonas são três exemplos de onde isso vai acontecer.
"Temos que desenvolver uma capacidade local forte nas áreas onde temos
menos propensão a votos do que os outros candidatos", explicou Guerra.
O plano foi apresentado nesta segunda-feira (12) pelo senador, após
reunião na sede da campanha tucana, em São Paulo, com representantes dos
diretórios estaduais dos partidos. "Não vai faltar campanha de Serra em
lugar nenhum", prometeu Guerra. O PSDB entende que na última eleição
obteve muito apoio político, mas pouca gente nas ruas para tocar a
campanha.
"Nessas situações especiais (onde o PSDB não tem candidato) haverá
comitês próprios de campanha do Serra, que vão liderar a campanha do
candidato nos Estados. Nos outros Estados se justificaria fazer o mesmo
num ou noutro, mas não há uma definição ainda. Cada Estado terá um
coordenador para representar os partidos.", revelou Guerra.
O PSDB entende que ficou sem campanha em muitas áreas consideradas "de
dificuldade" nas eleições de 2006. Nesses locais, o partido obteve 10%
dos votos. Já nas áreas onde o partido se fez presente, conseguiu ao
menos 30% dos eleitores. "O raciocínio é muito objetivo: eles (PT) têm
muito mais estrutura e poder do que nós", disse.
O presidente tucano afirma que a presença de Serra nos Estados significa
assegurar que sua mensagem política será transmitida com fotografias e
som. O partido tem candidatos próprios em 15 Estados, mas enfrenta
dificuldades nos demais. Guerra enfatiza os problemas do partido no
semiárido nordestino, área que historicamente vota em Lula. "Na época
(em 2006), a propensão para Lula era evidente... não houve organização
para combater isso. Não estávamos preparados para este enfrentamento
naquele momento, com Lula candidato". Desta vez, a cúpula tucana espera
não repetir o erro e já estima a criação dos comitês em cerca de 10
capitais.
Fonte: Marcela Rocha - Terra
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