O candidato do PSDB à Presidência da República, José
Serra, criticou hoje o kit do governo com cartilhas, livros e cartazes
que pede voto para mulheres. O material foi distribuído pela Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres e inclui um discurso de seis
páginas da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. "É mais um
capítulo do uso da máquina governamental. Aparentemente, a candidata não
se sente em condições de andar sozinha. Tem sempre que estar apoiada na
máquina do governo federal. Isso não é bom para o processo eleitoral,"
criticou Serra.
"O governo é mantido por impostos de todos nós, de todo o Brasil, e
não para fazer campanha eleitoral, mas para servir a população",
acrescentou, durante visita ao centro comercial de Caruaru, no Agreste
de Pernambuco, nesta sexta-feira. Ao ser indagado se entraria na Justiça
contra a história da cartilha, Serra enfatizou. "Isso é com o partido".
Serra ainda voltou a defender a participação de Dilma em debates.
"Para a própria campanha, a candidata (ficar) oculta não é uma boa". Ele
rechaçou, porém, a proposta de um "confronto". "Nada de confronto, mas
sim uma coisa gentil, baseada em ideias e em conteúdo. É do que o Brasil
precisa hoje", afirmou.
Indagado sobre o fato do governador de São Paulo, Alberto Goldman
(PSDB) ter citado seu nome em eventos oficiais, Serra disse que Goldman
não estava fazendo campanha. "Não preciso que se peça votos para mim em
São Paulo. São Paulo é o meu Estado. Eu mesmo vou pedir votos em São
Paulo".
Fonte: ANGELA LACERDA - Agência
Estado
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