Candidatos prometem baixar impostos, criar universidades e duplicar rodovias durante feira agropecuária em Jacareí
Três candidatos ao governo paulista - Geraldo Alckmin
(PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Paulo Skaf (PSB) - fizeram campanha
ontem cedo, em Jacareí, e até se deram as mãos durante missa do peão
boiadeiro que reuniu 15 mil pessoas, durante a 28.ª Feira Agropecuária
da cidade.
Mais tarde, em conversas com eleitores e nas entrevistas, vieram as
promessas. Alckmin falou em baixar impostos e apressar o pagamento de
precatórios. Mercadante, que nasceu na cidade, prometeu mais
universidades para o Vale do Paraíba e anunciou planos de estender a
Rodovia Carvalho Pinto até Aparecida. Os temas de Skaf foram a
duplicação da Rodovia dos Tamoios e também a do porto de São Sebastião.
Circularam também, pela feira e pela missa, o candidato do PSTU ao
governo paulista, Luiz Carlos Prates, e Netinho de Paula (PC do B) , que
tenta o Senado na chapa de Mercadante. Os dois se perfilaram também no
altar - mas o primeiro foi embora ao fim da missa. Alckmin, Skaf e
Mercadante demonstraram familiaridade com os ritos e chegaram a cantar
algumas músicas, com letras adaptadas a melodias sertanejas.
Críticas. Ao falar de seus projetos, Mercadante repetiu que São Paulo
está perdendo indústrias para outros Estados por causa da guerra fiscal
- e sua proposta é criar um conselho estadual de desenvolvimento.
"Vamos proteger nossa indústria e trazer uma fonte pública de
financiamento. O PSDB privatizou o Banespa e a Nossa Caixa e deixou o
Estado sem um instrumento para financiar o desenvolvimento." Falou ainda
em "diálogo com o funcionalismo" - que, segundo ele, está insatisfeito e
quer mudanças. "Vamos tratar os professores com diálogo e respeito."
Alckmin sentiu-se à vontade na missa - que frequenta há anos - e
posou para fotos com eleitores. Depois caminhou pela feira, ao lado do
presidente do Sindicato Rural de Jacareí, Paulo Mercadante Turcci,
parente de Mercadante. O tucano prometeu que, no dia 2 de janeiro de
2013, sendo eleito, começará a trabalhar para baixar impostos e agilizar
o pagamento de precatórios. "Pretendo pagar mais de R$ 2 bilhões por
ano, priorizando pessoas de mais idade, valores mais baixos e pessoas
doentes", declarou.
Paulo Skaf disse acreditar na viabilidade do trem-bala, que poderá
alavancar o progresso no Vale. "Não é a única prioridade, mas é uma
delas", garantiu.
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