Tucano negou que ato tenha sido em resposta a evento com Dilma na cidade e admitiu que pode rever pontualmente os pedágios
O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, Geraldo
Alckmin, caminhou acompanhado de correligionários e apoiadores pelas
ruas do centro de Campinas, no interior de São Paulo, nesta terça-feira,
6, e negou que a escolha da cidade para iniciar sua campanha eleitoral
fosse para fazer frente à repercussão do evento que reuniu cerca de 600
pessoas no Royal Palm Plaza na semana passada, em encontro com a
candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff. "Não tem nada a ver. Nós
já tínhamos programado vir a Campinas, então não tem nenhuma relação.
Viemos aqui pelo povo de Campinas, em razão da população de Campinas.
Nós queremos ouvir a população de Campinas, conversar muito, ter essa
oportunidade de trabalhar juntos", afirmou. "Campinas é uma síntese do
desenvolvimento de São Paulo, da prioridade à educação, à universidade
de qualidade pela Unicamp, à pesquisa, uma cidade de ponta, então acho
que Campinas representa bem essa síntese de São Paulo, terra de
oportunidades, terra do desenvolvimento, onde as pessoas possam ser
felizes realizando a sua vocação. Vamos começar com humildade, frente à
grandeza do Estado de São Paulo e muita confiança, aqui de Campinas,
rumo à vitória."
Alckmin falou sobre a necessidade de mais moradias para o Estado,
educação técnica e sobre a meta de ter 6 mil policiais militares a mais
nas ruas se for eleito e zerar o número de presos em cadeias no Estado.
"O policial militar trabalha 12 por 36; o civil nas delegacias maiores,
12 por 72. Então nós pretendemos, nesse período das 36, que ele acaba
fazendo bico e muitos morrem nessa situação, nós pretendemos que ele
trabalhe para o governo. Ou para a prefeitura, na chamada atividade
delegada, em que ele trabalha oito horas nesse período, fardado, armado,
na rua, aumentando a força policial, ou para o próprio governo", disse.
O candidato afirmou que o soldado que ganha R$ 2.400,00 poderá ganhar
R$ 3.400,00.
O ex-governador afirmou, ainda, que vai analisar pontualmente o
prejuízo aos moradores da região pelo reajuste das tarifas de pedágio.
Nesta segunda-feira, o candidato do PT ao governo, Aloizio Mercadante,
escreveu em seu perfil no Twitter que reduziria as tarifas de pedágio e
perguntou ao candidato tucano se ele manteria o que o petista
classificou como "abuso". "Eu não vou perder tempo com esse tipo de
coisa. Para mim, política é coisa séria", disse Alckmin sobre a
provocação do adversário no miniblog. "Existem realmente casos que, pela
localização de uma cidade ou de um bairro, a pessoa percorre um trecho
menor e acaba pagando uma tarifa maior do que se ela fosse quilométrica,
isso nós vamos corrigir. Quero dar dois exemplos: Jaguariúna e
Indaiatuba. Então nós vamos analisar caso a caso."
Fonte: Tatiana Fávaro -
Agência Estado
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