Eduardo Jorge vai pedir acesso às investigações da Receita, e sindicato quer que PF acompanhe o caso
Assim como o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, que disse que
entraria nesta sexta-feira na Justiça Federal com um mandado de
segurança contra a Receita Federal por conta do vazamento de dados do
seu Imposto de Renda, o ex-prefeito de Belo Horizonte e atual candidato
ao Senado pelo PT mineiro, Fernando Pimentel, também afirmou que
pretende entrar com um processo, só que contra o candidato do PSDB à
Presidência, José Serra. O tucano acusou o petista de ter participação
direta no elaboração de um
suposto
dossiê contra os tucanos
. Em relação ao processo de Eduardo Jorge contra Receita, o Sindicato
Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal (Sindireceita)
também vai pedir para que a Polícia Federal acompanhe o caso.
Numa ação coordenada por seus advogados particulares, Eduardo Jorge
pretende ter acesso a todo processo investigatório.
- Tenho o direito de acompanhar esse processo para saber não só quem
vazou de fato como, principalmente, quem encomendou esse trabalho -
disse Jorge.
O secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, confirmou que o
cadastro de Eduardo Jorge foi violado. A analista tributária Aparecida
dos Santos Rodrigues Silva, locada no ABC paulista,
está
sendo investigada
pela corregedoria do órgão por ter acessado "imotivadamente" os dados
fiscais do tucano. Ela
nega,
no entanto, que tenha cometido qualquer irregularidade
.
O Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da
Receita Federal (Sindireceita) quer controle externo e a presença da
Polícia Federal na apuração que a Receita faz no processo administrativo
aberto contra a analista Antônia Aparecida dos Santos Neves.
Para o Sindireceita, há um espírito corporativo no órgão, que
protege os auditores e expõe os analistas. A direção do sindicato
argumenta que é preciso acompanhar de perto a apuração da Receita e cita
como exemplos de corporativismo os casos da quebra do sigilo bancário
do caseiro Francenildo Santos da Costa, episódio que culminou com a
saída de Antônio Palocci do Ministério da Fazenda, e da ex-secretária
Lina Maria Vieira, demitida do comando do órgão.
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