O candidato à Presidência do PSDB José Serra participou nesta
segunda-feira, em São Paulo, de um almoço-debate com diversos
empresários que fazem parte do Grupo de Líderes Empresariais (Lide),
presidido por João Dória Jr. Durante o evento, o tucano usou seu
discurso de trinta minutos para atacar – e muito – o governo Lula e sua
principal adversária, a candidata petista Dilma Rousseff. Serra fez
poucas propostas. Preferiu apontar os problemas do país que, segundo
ele, só vão se agravar caso a ex-ministra seja eleita em outubro.
Mais uma vez Serra entrou na polêmica levantada por seu candidato a
vice, o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ), que afirmou em vídeo
durante entrevista ao site Mobiliza PSDB que o PT teria
ligações com o narcotráfico e as Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc). Nesta segunda, o tucano afirmou que “é inegável, é
indiscutível que o Brasil sempre teve simpatia com o Chávez [Hugo
Chávez, presidente da Venezuela], e é inegável que o Chávez abriga essas
Farcs (sic)”. E continuou dizendo que se o Brasil tivesse gastado na
América do Sul todo o tempo que gastou no Oriente Médio, fazendo
referência ao tratado nuclear no Irã intermediado por Brasil e Turquia,
Lula “poderia ter evitado essa situação” de rompimento diplomático entre
Colômbia e Venezuela.
O candidato foi duro quando falou sobre a política externa do governo
Lula. Para ele, o Brasil precisa estar “sempre à frente dos direitos
humanos” e deu o exemplo da proximidade do presidente brasileiro com
Cuba. “O Brasil é amigo de Cuba? Pois bem. Usa essa amizade para
libertar os presos políticos e não deixar isso para a Espanha”. Neste
momento, o tucano foi muito aplaudido pelos empresários. “Não podemos
fazer política externa de um partido, precisa ser de um país”.
Fonte: Marina Dias - Veja.com
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