Candidatos que controlam as máquinas estaduais terão mais destaque no horário político nos principais colégios eleitorais do País
Nos principais colégios eleitorais do País, os
candidatos a governador que dominam as máquinas locais são os que terão
mais tempo no horário eleitoral gratuito, por atrair maior número de
partidos para suas coligações.
Em São Paulo, o PSDB, detentor do governo estadual há 15 anos, dará a
Geraldo Alckmin 7 minutos e 7 segundos em cada bloco de 18 minutos em
rede de rádio e TV, graças à aliança com o PMDB, o DEM, o PPS, o PSC, o
PMN e o PHS.
Aloizio Mercadante, candidato ao Palácio dos Bandeirantes pelo PT,
ocupará 4 minutos e 27 segundos em cada bloco de 18 minutos destinado
aos candidatos aos governos estaduais.
Em termos proporcionais, Alckmin terá 40% da propaganda, e
Mercadante, 25%. Celso Russomano, do PP, ocupará 11% do tempo.
Em Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), candidato à reeleição,
também conseguiu o maior tempo no rádio e na TV, apesar de a coligação
de seu principal rival, Hélio Costa, reunir os dois maiores partidos do
País - o PMDB e o PT.
Apoiado por 13 partidos com representação na Câmara dos Deputados,
Anastasia deve ficar com 8 minutos e 1 segundo, ou 45% do tempo total. O
peemedebista Costa, ex-ministro das Comunicações. terá 5 minutos e 32
segundos, ou 31% do horário de propaganda.
No Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do País, outro
candidato à reeleição desponta em vantagem. Sérgio Cabral, do PMDB, terá
9 minutos, metade do tempo total. Ele tem o apoio de 12 partidos com
representação na Câmara, entre eles o PT, que elegeu a segunda maior
bancada nas últimas eleições.
Na Bahia, Jaques Wagner (PT), que também disputa a reeleição, fechou
uma coligação de sete partidos e abocanhou 30% da propaganda. Mas ele
foi seguido de perto por Geddel Vieira Lima, do PMDB, que ocupará 28% do
tempo no Estado.
Geddel, até recentemente, controlava outra máquina: o Ministério da
Integração Regional. A pasta privilegiou a Bahia na distribuição de
verbas, o que ajudou o peemedebista a conquistar apoios em seu Estado.
Oito partidos com representação na Câmara estão em sua coligação.
Neutralidade. O Rio Grande do Sul, quinto maior colégio eleitoral do
País, é uma exceção. A governadora Yeda Crusius, candidata à reeleição,
não terá o maior tempo de TV. O motivo é o rompimento com o DEM, partido
que indicou seu vice na eleição de 2006 e que ficará neutro na campanha
estadual de 2010.
Enquanto Yeda terá 4 minutos e 38 segundos, o petista Tarso Genro,
ex-ministro da Justiça, ficará com 4 minutos e 51 segundos. Em termos
proporcionais, é quase um empate: 26% contra 27%, respectivamente.
O peemedebista José Fogaça vem a seguir. Apoiado apenas pelo PDT, o
ex-prefeito de Porto Alegre ficará com 3 minutos e 22 segundos (22% do
tempo).
Fonte: Daniel Bramatti - O Estado
de S.Paulo
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