Em
campanha na Praia Grande, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo,
Geraldo Alckmin, rebateu as críticas feitas pelo candidato petista,
Aloizio Mercadante, sobre a demissão do diretor de jornalismo da TV
Cultura, Gabriel Priolli, e defendeu o projeto tucano de concessão das
estradas paulistas executado nos últimos anos. "Isso é coisa de quem
não tem propostas e vive de fazer futrica, pessoas que destroem. Nós
queremos é construir, fazer uma campanha para frente, falando do que
interessa à população", disse Alckmin, citando propostas de Educação e
Saúde. O candidato fez caminhada eleitoral hoje no bairro do Boqueirão,
centro comercial de Praia Grande, na Baixada Santista.
Pela manhã, Mercadante afirmou que o PT entraria com uma
representação no Ministério Público Eleitoral do Estado para apurar o
que classificou de "aparelhamento partidário dentro da TV Cultura".
De
acordo com Mercadante, há indícios de ingerência por parte do governo
na emissora pública pelo fato de o diretor de jornalismo ter sido
afastado após pautar uma reportagem sobre as tarifas de pedágio nas
estradas paulistas, segundo Mercadante, um tema incômodo ao PSDB. A
reportagem não foi ao ar.
Questionado sobre o fato de seus adversários estarem propondo
redução nos pedágios, Alckmin mais uma vez elogiou o modelo de
concessão paulista. "A Imigrantes foi feita em 34 meses, as rodovias
federais são chamadas de estradas da morte, como a Régis Bittencourt.
Três anos depois, nem começou a duplicação, já devia ter caducado um
contrato desses", disse o candidato, completando que se precisar, vai
analisar "um caso ou outro isolado" do valor dos pedágios.
Presente na caminhada eleitoral, o candidato tucano ao senado
Aloysio Nunes aproveitou o fato de o PT afirmar que vai procurar o MP
no caso da TV Cultura para criticar o partido adversário. "Quem sabe
ele (Mercadante) não aproveita para explicar ao Ministério Público de
onde veio o R$ 1,7 milhão de dinheiro sujo que foi usado para comprar o
dossiê dos aloprados, dinheiro público que foi usado para comprar um
dossiê fajuto contra o Serra na campanha dele", disse o candidato, em
alusão à eleição de 2006 para o governo do Estado.
De acordo com Nunes, Mercadante não tem "a menor autoridade política
nem moral para ir ao Ministério Público nesse caso". "Ele é membro de
um partido, o PT, que pretende instituir o controle social da mídia,
que é uma forma do ''garroteamento'' da liberdade de imprensa",
completou.
Além de Alckmin e Aloysio Nunes, o candidato ao senado Orestes
Quércia (PMDB) também compareceu à caminhada, que começou às 17h15 e
reuniu cerca de 250 pessoas durante uma hora. Os candidatos tucanos da
região, Alberto Mourão e Raul Cristiano, que concorrem a uma vaga na
Câmara dos Deputados e Cássio Navarro, candidato a uma cadeira na
Assembleia Legislativa, também participaram do evento eleitoral.
Fonte: REJANE LIMA - Agência Estado
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