Escolha já convergiu para apenas uma opção do DEM e outra do próprio PSDB, ambas nordestinas
O
PSDB só vai anunciar no dia 30 o nome do vice na chapa presidencial do
tucano José Serra, mas a escolha já convergiu para apenas uma opção do
DEM e outra do próprio PSDB, ambas nordestinas. No partido aliado, o
nome mais cotado - mais forte até do que a alternativa tucana - é o
deputado José Carlos Aleluia (BA). Se ao final a decisão for pela chapa
puro-sangue, o escolhido será o presidente nacional do PSDB, senador
Sérgio Guerra (PE).
Como Serra avocou para si a decisão final, a força política de
Aleluia começa pela simpatia e a admiração públicas do titular da chapa
por ele. Mas não para aí. Há também um sinal externo que aponta para
Aleluia.
Convidado para participar de um encontro internacional em
Madri no dia 8 de julho, patrocinado pela Fundação de Análise dos
Estudos Sociais (FAS), ligada ao Partido Popular espanhol, Serra acenou
com a possibilidade de enviar seu vice para representá-lo. Detalhe: A
instituição brasileira ligada à FAS é a Fundação Liberdade e Cidadania,
do DEM, presidida por Aleluia.
Também pesa a seu favor o fato de tanto a cúpula baiana como a
direção nacional do DEM já terem fechado em torno de seu nome. Ele tem
o aval do deputado ACM Neto, do presidente nacional do DEM, deputado
Rodrigo Maia, e de seu antecessor Jorge Bornhausen.
Pesa em favor de Aleluia o fato de ele não ter arestas com o braço
direito do candidato a presidente na campanha eleitoral: o deputado
Jutahy Júnior (BA). Adversário histórico do PFL do senador Antonio
Carlos Magalhães (BA), morto em julho de 2007, Jutahy tem diálogo fácil
com Aleluia. Talvez até, por saber que, se estivesse vivo, o último
nome que ACM escolheria na bancada baiana para compor chapa com Serra
seria precisamente este.
Não sendo o baiano, a escolha deverá recair sobre Sérgio Guerra.
Habilidoso articulador, Guerra ganhou a confiança de Serra e o comando
nacional da campanha. Por isto mesmo, o candidato gostaria de tê-lo
mais próximo, com dedicação em tempo integral. Como as exigências da
batalha nacional são incompatíveis com a campanha paralela no Estado, a
vice pode ser uma solução que atenda a ambos.
Fonte: Christiane Samarco - O Estado de S.Paulo
Comentários
Postar um comentário