O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) José Antonio Dias Toffoli pediu vista e adiou a
confirmação da quarta multa contra o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, no valor de R$ 10 mil, e a segunda punição à pré-candidata
petista Dilma Rousseff, em R$ 5.000, por propaganda eleitoral
antecipada durante um evento realizado em São Bernardo do Campo (SP) no
dia 10 de abril.
Eles foram multados pelo ministro Henrique Neves no dia 21 de maio.
Ontem, os ministros analisaram um recurso contra aquela decisão.
Toffoli, que já foi advogado-geral da União de Lula e responsável pela
defesa do PT, é ministro-substituto do TSE.
Ele pediu tempo para analisar melhor a decisão de Neves que também
decidiu multar o pré-candidato ao governo de São Paulo Aloizio
Mercadante (R$ 7.500), ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi (R$ 7.500),
ao prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (R$ 7.500) e ao deputado
Paulo Pereira da Silva (R$ 7.500).
Ao aplicar as multas, Henrique Neves acatou pedido do PSDB, que
alegou ter havido propaganda em favor de Dilma durante um evento que
foi marcado de última hora pelo PT para se contrapor ao lançamento da
pré-candidatura do tucano José Serra, ocorrida no mesmo dia em
Brasília.
Na ocasião, Dilma e Lula fizeram críticas diretas a Serra e ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O presidente citou, por
exemplo, o slogan "o Brasil pode mais", utilizado pelo PSDB, para
dizer: "Nós fizemos mais".
Em seguida brincou com a semelhança da frase tucana com o lema da
campanha do presidente dos EUA, Barack Obama. "Não basta copiar o Obama
e dizer 'nós podemos mais'? Porque o Obama já disse que eu sou o cara",
afirmou.
Já Dilma disse no evento que não trairia o povo e que a militância
do PT nunca a verá "por aí pedindo que esqueçam" o que escreveu. "Eu
não fujo quando a situação fica difícil. Não tenho medo da luta. Nunca
abandonei o barco", afirmou a pré-candidata, em referência ao período
da ditadura militar. Ela virou clandestina enquanto Serra se exilou no
Chile.
Lula já foi multado outras três vezes antes dessa multa e mais uma
vez depois daquela decisão de Neves confirmada ontem. Ao todo, as
multas ao presidente já somam R$ 37,5 mil.
Fonte:Felipe Seligman
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