O desfecho planejado pelo comando da campanha de Dilma Rousseff (PT)
para tentar sepultar a "crise do dossiê" ainda não se concretizou. A
Lanza Comunicação continua com o contrato com o PT e um de seus sócios
seguia até ontem atuando na estrutura de campanha.
No sábado, o jornalista Luiz Lanzetta, dono da Lanza, anunciou a
rescisão unilateral do contrato com o PT. Lanzetta foi apontado em
reportagens como responsável por encomendar dossiê contra José Serra
(PSDB) e investigação para detectar vazamento de informações na própria
campanha. Ele nega.
Até ontem, porém, o PT não havia formalizado o desligamento da
empresa --cujo contrato vai até o dia 31-- e estudava a forma jurídica
de tratar o tema, já que pretende manter a maioria dos assessores
contratados via Lanza.
Além disso, o sócio de Lanzetta, o jornalista Robson Barenho, continuava trabalhando na campanha de Dilma, na área de rádio.
Ontem, a situação da Lanza foi discutida em reunião da coordenação
da campanha. O secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, afirmou
que o contrato será "rescindido formalmente".
Sobre a permanência do sócio da Lanza na campanha, petistas disseram
que também ainda é objeto de análise quem são os assessores que vão
permanecer.
"Não temos nada contra ele [Barenho]. Não temos nada contra
Lanzetta, foi ele quem decidiu sair. Vamos discutir isso ainda, mas
estamos contentes com a equipe", disse o secretário nacional de
Comunicação do partido, André Vargas.
Apesar de o PT não negar a participação de Barenho, ele disse que não tem ligação formal com a campanha. A Folha
tentou falar com Barenho pelos telefones da casa montada para a
pré-campanha de Dilma. Funcionários confirmaram que ele continuava na
casa.
Fonte: RANIER BRAGON e MÁRCIO FALCÃO - Folha.com
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