O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, contestou na noite de quarta-feira
a defesa que o presidente Lula fez da alta carga tributária brasileira
para que o Estado seja forte e atenda aos pobres. COmo mostra
reportagem do Globo, nesta sexta-feira, o tucano disse que a tese seria
aceita se a fortuna paga em impostos fosse revertida em serviço público
satisfatório. Em entrevista ao "Jornal da Noite", da Rede Bandeirantes,
ele prometeu, se eleito, desonerar itens da cesta básica.
-- É normal num país mais desenvolvido que a carga de impostos
seja maior porque eles são mais ricos. Mas, no caso dos países em
desenvolvimento, o Brasil tem a maior de todos. Agora, qual é a
contrapartida? O serviço público no Brasil não é satisfatório - afirmou
Serra. - Os R$ 500 bilhões (arrecadados com impostos no país) em cinco
meses é uma fortuna que está se pagando e não tem uma contrapartida -
prosseguiu.
Serra reagiu à declaração feita por Lula anteontem no
encerramento do Seminário de Alto Nível da Comissão Econômica para a
América Latina e Caribe (Cepal), em Brasília.
- É só percorrer o mundo para a gente perceber que exatamente
os Estados que têm as melhores políticas sociais são os que têm a carga
tributária mais elevada. Vide Estados Unidos, Alemanha, França, Suécia
e Dinamarca. E os que têm a carga tributária menor não têm condições de
fazer absolutamente nada de política social - defendeu o presidente.
Serra critica critérios de corte no Orçamento
Em outra direção, Serra defendeu a redução de tributos no país e
citou o Chile como exemplo de eficiência com baixa carga tributária.
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