O
pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse,
em entrevista à Rede Independência de Comunicação (RIC), afiliada da
Rede Record no Paraná, que não adotará estilo agressivo durante a
campanha eleitoral e negou que tivesse havido qualquer cobrança ou
reunião do partido para pedir-lhe isso. "Eu tenho o meu estilo, sou do
jeito que eu sou", destacou. "Campanha eleitoral, para mim, é uma
oportunidade para apresentar ideias, para apresentar propostas para o
Brasil."
No entanto, ressaltou que pretende estabelecer debates e apresentar
diferenças entre as candidaturas, a partir das biografias e das
propostas. Serra esteve ontem à noite em Curitiba, quando concedeu a
entrevista exclusiva à RIC, apresentada na manhã de hoje, e gravou uma
participação na propaganda nacional do PSDB. De acordo com o presidente
estadual do partido, deputado Valdir Rossoni, toda a programação foi
elaborada pela assessoria de Serra. Rossoni e o pré-candidato do PSDB,
Beto Richa, estavam no interior do Estado.
As críticas mais pesadas ao governo federal vieram quando o
ex-governador paulista comentou a carga tributária. "Realmente é um
exagero, prejudica a atividade, o emprego, a produção", acentuou.
Segundo ele, o governo federal aumentou o imposto de saneamento básico
de 3% para 7%, o que leva as empresas, na maioria estaduais e
municipais, a gastar R$ 2 bilhões. "Tem que pagar para o saneamento ao
invés de investir", criticou.
Serra afirmou, ainda, que o governo federal "não mergulha" como
deveria no problema do tráfico de drogas e contrabando de armas, cujo
controle é de sua responsabilidade. "Acho que o governo federal deveria
compartilhar com os Estados as responsabilidades na segurança", opinou.
"Ele tem que entrar como ator e não como espectador." O pré-candidato
voltou a afirmar que criará o Ministério de Segurança Pública,
colocando à frente "gente especializada".
Fonte: EVANDRO FADEL - Agência Estado
Comentários
Postar um comentário