O PTB conseguiu abafar divergências internas e oficializou, ontem, o
apoio formal à candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência. O
presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson (RJ), comemorou a
aprovação, por unanimidade, da adesão à coligação do tucano. O
resultado da convenção nacional, porém, exigiu a costura de um pacto
interno para evitar que fosse exposta a preferência da bancada federal
do PTB à candidatura da petista Dilma Rousseff à sucessão presidencial.
O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), concordou em não apresentar ofício
para que fosse analisada a possibilidade de o partido apoiar a
candidatura de Dilma.
"Para não causar cizânia partidária, preferi não apresentar. Mas
vamos continuar apoiando a Dilma", assegurou. O pacto foi negociado com
Roberto Jefferson. "É um ajuste que fizemos, entendendo que a
prioridade é o crescimento do partido", justificou o líder petebista.
Segundo ele, 21 entre os 22 parlamentares defendem o apoio à petista.
Como o objetivo central do PTB nesta eleição, enfatizou o líder, é
aumentar a bancada, prevaleceu o acordo contra rachas e confrontos com
a presidência.
"Não é toda a bancada (federal) que está com Dilma", minimizou
Roberto Jefferson. O ex-parlamentar, que participou de reuniões de
cúpula do governo no primeiro mandato do presidente Lula, previu que
esta eleição será definida em dois turnos. "Quanto mais tempo o povo
tiver para ouvir a Dona Dilma melhor", ironizou, insinuando que a
petista terá desempenho ruim em debates. Ele defendeu, ainda, que o PTB
construa uma candidatura à Presidência para 2014. Sobre as dissidências
nos Estados, Jefferson contemporizou: "Temos uma decisão partidária de
interpretar o sentimento da lógica regional dos palanques". As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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