Ben Self
e Scott Goodstein
O
PSDB está jogando mais pressão no caso do suposto dossiê petista contra
tucanos. Um deputado do partido protocolou nesta terça-feira pedido
para que dois marqueteiros que trabalharam na campanha vitoriosa de
Barack Obama nos Estados Unidos prestem esclarecimentos na Comissão de
Fiscalização e Controle da Câmara.
O objetivo é apurar as condições em que os norte-americanos Ben Self
e Scott Goodstein foram contratados pelo PT para a campanha online da
pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT).
O requerimento ainda precisa ser aprovado pelos deputados da
comissão e, mesmo que seja aprovado, os dois poderão aceitar ou não o
convite da Câmara.
"Temos que esclarecer como a pré-campanha do PT à Presidência está
pagando seus serviços. O que foi publicado nos jornais até agora
levanta muitas dúvidas", disse à Reuters o deputado Wanderlei Macris
(PSDB-SP), autor dos requerimentos na comissão.
Em reportagem da revista Veja que trata de um possível dossiê contra
o pré-candidato José Serra (PSDB), o empresário Benedito de Oliveira
Neto --cuja empresa Dialog presta serviços ao governo federal--, é
apontado como financiador das viagens dos dois marqueteiros
norte-americanos ao Brasil.
A assessoria da pré-candidata petista informou que o empresário não
tem cargo nem função na campanha do PT. Procurado pela Reuters,
Oliveira Neto não foi localizado.
O caso do suposto dossiê gera polêmica há mais de uma semana, desde
que o tema veio a público. A oposição vê no episódio uma oportunidade
de desgastar a adversária, enquanto o lado governista tenta esquivar-se
da agenda negativa.
Na campanha de 2006, petistas foram acusados de tentar comprar um
falso dossiê contra Serra, na época candidato ao governo de São Paulo.
O caso ficou conhecido como o escândalo dos aloprados e colaborou para
levar a eleição presidencial daquele ano ao segundo turno.
Nesta semana, o PT interpelou Serra na Justiça para que este
confirme em juízo a acusação de que sua adversária seria a responsável
pelo suposto dossiê.
Fonte: NATUZA NERY - REUTERS
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