Temos um conhecido adágio popular que afirma que o crime não compensa. No entanto, o governo Lula, em seus oito anos de mandato, vem sistematicamente desmentindo essa nossa crença.
No primeiro mandato, tivemos o escândalo do mensalão,
artifício usado pela cúpula do PT e de seus principais
operadores nos ministérios para construir uma sólida base de
apoio ao governo no Congresso Nacional; não em função
de comprometimento programático, mas tão somente pela compra
pura e simples de parlamentares e partidos, o que contaminou todo o
governo.
A tal ponto que o procurador-geral da República, ao encaminhar
sua denúncia ao STF, mencionou "uma sofisticada
organização criminosa, especializada em desviar dinheiro
público" que tinha se instalado na estrutura do Estado
brasileiro.
No segundo mandato, após uma sucessão de quedas de
ministros e desorganização de sua base, tendo como
consequência imediata a paralisação ou, na melhor das
hipóteses, acentuada lentidão no processo de enfrentamento de
nossas angustiantes questões estruturais, políticas e
sociais, o governo anunciou o mirabolante PAC.
Com pompa e circunstância, no lançamento do programa, o
governo prometia um plano de crescimento. Na verdade, não passou de
um ajuntamento de obras.
Para desafiar o adágio, o governo Lula vem afrontando
sistematicamente todos os órgãos fiscalizadores e a
própria Justiça brasileira.
É o caso do TCU (Tribunal de Contas da União), que fez
reiteradas denúncias de superfaturamento das obras do PAC; do
Ministério Público, cuja função de defender o
interesse público o Planalto insiste em cercear; da
legislação ambiental, que desrespeita acintosamente; da Lei
de Responsabilidade Fiscal, que desconsiderou com desdém, repassando
recursos a estados e municípios não estão cumprindo
seus preceitos.
Por último, o presidente da República, que deveria ser o
primeiro homem a cumprir a lei, comporta-se como um criminoso, que infringe
de forma sistemática, sem nenhum pudor, a legislação
eleitoral do país que governa.
Assim demonstram as reincidentes multas que Lula e sua candidata Dilma
vêm sofrendo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por fazer
propaganda eleitoral antes do período previsto em lei.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
informou que sua próxima pesquisa no país será
centrada na importância de valores como justiça, paz,
honestidade, solidariedade, responsabilidade e consciência,
tão importantes na consolidação de uma
nação.
Este tema impôs-se após uma ampla consulta com 500 mil
brasileiros e brasileiras, no Brasil Ponto a Ponto, pesquisa que o programa
da ONU faz para orientar o enfoque de seus trabalhos.
Sabemos que uma nação se funda compartilhando valores
positivos, nos quais o respeito à justiça é o elemento
central de convivência pacífica.
Nesse aspecto, a ação dos homens públicos,
mormente dos chefes de Estado, exatamente por ser o representante da
nação, deve servir de exemplo a todos, fortalecendo a
cidadania no compartilhamento desses valores.
A questão que se coloca é: nosso presidente tem sido um
bom exemplo a ser seguido?
Roberto Freire é presidente do PPS - Partido Popular Socialista
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