Se por um lado isso reflete uma preocupação concreta em fortalecer a
proteção ao patrimônio paulista - uma vez que o Condephaat passa a
contar com uma "mão visível" contra abandonos, negligências e
vandalismos históricos -, por outro, a medida repercute mal entre
técnicos, arquitetos e conselheiros do órgão. Porque o fato é que há
uma queixa antiga de que a demanda de trabalho é maior do que a mão de
obra que atua ali (são 26 arquitetos), o que justifica a defasagem no
andamento dos processos para novos tombamentos.
Ao comprar essa briga interna - sem, é claro, admitir publicamente
que existe o descontentamento -, Matarazzo tenta fazer valer o rótulo
de "xerifão", que o acompanha desde os tempos de secretário das
Subprefeituras. Palavra essa que carrega duas acepções evidentes, para
o bem e para o mal. É o homem que tem pulso firme, mas se perder a mão,
deixa à mostra um ranço autoritário.
Fonte: Vitor Hugo Brandalise e Edison Veiga - O Estado de S.Paulo
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