Jornalista e delegado são pivôs de intriga do dossiê




No final da tarde de 20 de abril passado, uma terça-feira, cinco pessoas se reuniram para uma conversa no tradicional restaurante alemão Fritz, na quadra 404 da Asa Sul, em Brasília. Comandava a mesa Luiz Lanzetta, dono da Lanza Comunicação, empresa responsável pela contratação da maioria dos integrantes da assessoria de imprensa da pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff. 

Também estava lá o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, que investigou por anos o processo de privatização brasileiro iniciado nos anos do governo FHC (1995-2002). 

Completavam a mesa o delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza e dois servidores públicos aposentados da chamada "comunidade de informação", que trabalham com ele. O encontro fora marcado por Lanzetta para tentar contratar Onésimo e sua equipe.

A ideia era investigar os funcionários de uma das sedes do comando da campanha dilmista. A demanda incluía averiguar se quem circulava no local mantinha algum tipo de relação com integrantes do PSDB e da campanha tucana a presidente encabeçada por José Serra. 

A Folha apurou que Onésimo sugeriu um orçamento de R$ 180 mil para executar o serviço. O valor não foi aprovado pelo QG de Dilma. A conversa resultou inócua, mas o encontro vazou. 

Na semana iniciada em 2 de maio, integrantes do PSDB souberam que a campanha de Dilma estaria montando uma equipe de "inteligência" -com o objetivo, deduziram, de espionar Serra. 

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