Com coral do Bonfim, PSDB faz festa para Serra em Salvador



A região do Farol da Barra, em Salvador (BA), foi o cenário escolhido pelo PSDB para receber entre 5 e 10 mil membros da agremiação para homologar a candidatura de José Serra à presidência da República. A convenção tucana acontecerá neste sábado (12) e os convidados serão recebidos com um "forró pé de serra" à porta, uma menção dupla ao sobrenome do candidato e às festas juninas desta época do ano. Para abrir a convenção, o coral da Igreja do Bonfim, outro ícone soteropolitano, entoará o Hino Nacional.

O título de cidade-sede da convenção do PSDB passeou por Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Brasília (DF). Serra deu a palavra final e escolheu a capital baiana para receber o encontro. Os tucanos justificam a decisão por ter sido, a Bahia, a primeira capital do Brasil, e por ser um Estado nordestino, região onde o presidente Lula, cabo eleitoral da candidata petista Dilma Roussef, tem a popularidade mais alta. Para além das simbologias, trata-se do 4º maior colégio eleitoral do País. O PSDB quer mostrar que Serra olha para a região. Entre os membros da cúpula do partido, só não estará presente no palco o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que faz viagem ao exterior.

Embora queiram regionalizar o evento, os tucanos alertam que não pretendem "baianizá-lo" demais. Querem passar uma noção de "brasilidade". A explicação é do presidente da legenda no Estado, Antonio Imbassahy. Para ele, a expectativa é superlotar o espaço do Clube Espanhol, na Avenida Oceânica, na Barra. A região faz parte do circuito Barra-Ondina do carnaval baiano e o espaço tem capacidade para receber 5 mil pessoas na área coberta.

Assim como fez no lançamento da pré-candidatura de Serra em Brasília, no dia 10 de abril, Imbassahy vai levar novamente um grupo de baianas ao evento deste sábado, que tem um custo estimado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil aos cofres do partido.

Para além dos festejos, o partido vai levar à votação, para ser aprovada pelos delegados à convenção, a chapa encabeçada por Serra, que concorrerá à presidência da República. Além disso, pretende formalizar as alianças nacionais dos tucanos. Mas restarão algumas decisões por tomar. A tendência é que os convencionais transfiram à Comissão Executiva nacional o poder de aprovar novas coligações e indicar o candidato a vice-presidente até o final do prazo legal, no dia 30 de julho. Como disse o presidente da legenda, senador Sérgio Guerra, ao Terra na última segunda-feira (7), o candidato José Serra deve ser homologado sem um vice ao seu lado.

Fonte: Marcela Rocha - Terra

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