Para vereadores, líder do partido na Câmara Municipal causou 'desconforto' ao apoiar petista
A
cúpula do DEM paulista decidiu colocar em curso nesta terça-feira, 15,
uma operação para retirar a liderança do vereador Carlos Apolinário na
Câmara Municipal de São Paulo, e que pode resultar na sua expulsão da
sigla. Na véspera, o vereador provocou insatisfação entre colegas de
partido ao anunciar apoio à candidatura do senador petista Aloizio
Mercadante ao governo do Estado, contrariando decisão da legenda de
lançar o nome de Afif Domingos para a vaga de vice do tucano Geraldo
Alckmin.
O futuro de Apolinário será decidido em uma reunião da bancada de
vereadores do DEM marcada para a tarde desta quarta-feira, 16, na
Câmara. De acordo com um auxiliar próximo ao prefeito Gilberto Kassab,
que é o presidente do DEM em São Paulo, além da retirada da liderança
na Casa, um requerimento para a expulsão de Apolinário da legenda
também será discutido pelos vereadores.
Coube ao vereador Domingos Dissei convocar o encontro. Segundo ele,
foram os próprios vereadores do DEM que pediram para que o assunto
fosse discutido. "Todos se sentiram muito inconfortáveis com a decisão
do líder", relatou Dissei, que é o vereador com mais tempo de partido.
A avaliação entre os membros da sigla é a de que Apolinário deveria ter
discutido com a bancada sua insatisfação com o apoio do DEM a Alckmin
antes de anunciar o apoio a Mercadante. "Se não há consulta (à
bancada), não há liderança", avalia Dissei. Será necessário o aval de
quatro dos sete vereadores do DEM para que operação contra Apolinário
seja bem-sucedida. Membros da bancada consultados pelo estadão.com.br
avaliam que a liderança de Apolinário já está comprometida.
Apolinário se defende dizendo que optou por não comunicar a bancada
da decisão exatamente para não desagradar ao partido. Segundo ele, sua
decisão reflete uma opinião pessoal, e não uma tentativa de liderar uma
dissidência dentro da legenda. "Eu não quis arregimentar outros
vereadores. Meu objetivo não era criar uma dissidência", explicou, ao
ser questionado se havia conversado com outros filiados do DEM
insatisfeitos com o apoio a Alckmin.
Apolinário argumenta ainda que a decisão de apoiar Mercadante não
atrapalhará seu trabalho na Câmara Municipal. "O prefeito não pode
reclamar do Apolinário como vereador. Sempre apoiei o governo e vou
continuar apoiando", afirmou. Ele não esconde, entretanto, o caminho
que irá tomar caso seja expulso do partido. "A bancada tem de decidir
se me quer no governo ou na oposição", pondera. Ele afirma, entretanto,
estar preparado para um revés. "A política é uma atividade de risco,
como todas as outras, e eu estou preparado caso a bancada decida tomar
a liderança. Ou para qualquer outro passo que eles resolvam dar."
Fonte: Andre Mascarenhas, do estadão.com.br
"A bancada tem de decidir se me quer no governo ou na oposição"
ResponderExcluirMas que vergonha Apolinário. Você se superestima demais! Considera-se um heroi que na oposição vai dar medo?
Ora, me poupe. Já tive oportunidade de usufruir da sua grosseria, falta de educação e outro detalhes.
Independente de Partido, o Sr. seria o menos indicado para a Presidencia,pois não tem equilíbrio!