Serra diz que chamaria PT e PV para seu governo


Pré-candidatos participaram de evento em Minas Gerais.
Dilma, Serra e Marina defenderam necessidade de reforma tributária.



No primeiro evento do qual participaram juntos, os pré-candidatos à Presidência foram unânimes hoje sobre a necessidade de uma reforma tributária, mas foram divergentes nas propostas para a redistribuição das receitas visando o aperfeiçoamento do pacto federativo. Falando para uma plateia formada em sua maioria por prefeitos, durante o 27º Congresso Mineiro de Municípios, em um painel cujo tema era "Autonomia Municipal: Realidade ou Utopia?", a presidenciável do PV, Marina Silva, defendeu uma Constituinte exclusiva para as reformas estratégicas no Congresso Nacional e um novo "realinhamento político" entre os principais partidos. Foi a deixa para que o pré-candidato do PSDB, José Serra, afirmar que, se for eleito irá chamar o PV e o PT para participar de seu governo.
"Se uma vez aprovada uma convenção e depois da campanha eu vier a ser eleito, eu vou querer, pode parecer uma heresia, mas eu vou querer tanto o PT quanto o PV no governo, em função de objetivos comuns, com base num programa", disse o tucano. Serra e Marina concordaram que governo e oposição precisam inaugurar uma nova relação. "Hoje e ontem a oposição sempre teve um comportamento que empurra o governo para o lado que não devia", disse o tucano.
O encontro com os prefeitos foi organizado pela Associação Mineira dos Municípios (AMM), que reclama uma maior participação das prefeituras no bolo tributário do País. Enquanto a petista Dilma Rousseff ressaltou que a questão deve ser resolvida com "persistência" e com compensação para as unidades federativas que sofrerem perdas com a reforma, a pré-candidata do PV observou que o avanço da matéria no Congresso Nacional passa por uma nova relação entre governo e oposição em que os interesses do país são colocados acima dos interesses conjunturais dos partidos.
Marina disse que gostaria que PV, PT e PSDB saíssem do processo eleitoral com um novo "acordo social para qualificar a base de sustentação dos governos". "É preciso tentar a Constituinte exclusiva para fazer essas reformas importantes. Se isso for juridicamente possível, é um passo para quem for eleito possa fazer".

Fonte: G1

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