Líder do governo, Romero Jucá, concordou em retirar às emendas ao texto, evitando que ele sofresse alterações
O projeto Ficha Limpa foi aprovado pelo Senado. Os senadores levaram
apenas uma semana para analisar a proposta para dar tempo de valer para
as eleições de outubro. O projeto, de iniciativa popular, barra a
candidatura de políticos condenados pela Justiça.
Aprovado pela Câmara dos Deputados na terça-feira passada, 17, o
texto foi aprovado esta manhã pela Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ). Na comissão, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR),
concordou em retirar às emendas ao texto, evitando que ele sofresse
alterações e precisasse de uma segunda rodada de votação pelos
deputados.
À tarde, o vice-presidente da Casa, senador Marconi Perillo
(PSDB-GO) apresentou parecer autorizando a votação da proposta, apesar
de a pauta estar trancada por quatro medidas provisórias e quatro
projetos de lei do pré-sal.
Há pouco, por unanimidade, os 76 senadores presentes aprovaram o
projeto, que segue para sanção presidencial. Ainda há, porém, dúvidas
sobre a validade do texto.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acredita que,
se referendado pelo presidente Lula até 5 de junho, pode valer nas
eleições de outubro. Os senadores apoiam este entendimento. A decisão
final, no entanto, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre 20 e 30 senadores se inscreveram para discursar antes da
aprovação do projeto. "Hoje o Brasil come a mudar. Hoje o Brasil deixa
de ser conhecido como o país da impunidade", disse Pedro Simon, do PMDB
gaúcho.
Fonte: Carol Pires - estadão.com.br
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