Tucanos querem que se suspenda a inserção de 30 segundos nas propagandas petistas veiculadas nas emissoras de rádio e TV
O PSDB ingressará com um novo pedido de liminar no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) para que seja suspensa inserção de 30 segundos
do PT veiculada nas emissoras de rádio e televisão. O advogado
eleitoral do PSDB, Afonso Ribeiro, informou que o pedido será
protocolado "hoje ou no início da terça-feira" para impedir que a peça
seja divulgada na terça-feira, 11, dia programado pela Justiça
Eleitoral para a veiculação do anúncio. Junto ao pedido, os tucanos
irão impetrar representação para que seja reduzido o tempo reservado à
propaganda partidária do PT no primeiro semestre de 2011.
Na sexta-feira, o TSE concedeu liminar aos tucanos para que duas
inserções do PT fossem retiradas do ar e substituídas. O PSDB acusou os
petistas de terem feito "promoção pessoal" da presidenciável da sigla,
Dilma Rousseff, e de terem apresentado a ex-ministra "como a pessoa
mais apta a dar continuidade às ações do atual governo". Ribeiro
explicou que devem ser usados argumentos semelhantes no novo pedido de
liminar. "Iremos alegar que a inserção faz propaganda eleitoral
antecipada", salientou. A Lei Eleitoral nº 9.504/97 fixa o dia 6 de
julho como o início oficial da campanha.
O advogado antecipou que será incluída na nova representação a
acusação de que o PT desrespeitou a liminar que proibiu a sigla de
"discorrer sobre a campanha sucessória" e de fazer "promoção da
candidatura de Dilma". Ribeiro observou que o partido voltou a mostrar
na inserção a figura de uma placa de trânsito com a proibição de
retorno, imagem que havia sido vetada pela Justiça Eleitoral. O
advogado esclareceu ainda que o partido deve pedir a suspensão apenas
da inserção "que faz comparações entre os governos do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
(FHC)".
A inserção a que se refere Ribeiro mostra um ator estendendo uma
fita métrica. Enquanto a desenrola horizontalmente, ele afirma que "o
governo Lula já criou mais de 12 milhões de emprego". Em seguida, ainda
estendendo a fita, pergunta ao telespectador. "Quem você acha que pode
aumentar mais, mais rápido este número. Uma pessoa que tem a mesma
visão de Lula?" Neste momento, o ator vira a fita métrica na direção
vertical até abandoná-la no chão. "Ou alguém que fez parte de um dos
governos que menos criou emprego no Brasil?"
Em uma das peças proibidas pelo TSE, na semana passada, um carrinho
era mostrado em ascensão em uma montanha-russa, enquanto o locutor
enumerava conquistas do governo Lula. Na descida, criticava,
indiretamente, a gestão do ex-presidente FHC. Ambas as inserções, tanto
a atual como a proibida pela Justiça Eleitoral, são arrematadas por uma
placa de trânsito de retorno proibido, ao lado do slogan: "O Brasil não
pode voltar ao passado."
Fonte: GUSTAVO URIBE - Agência Estado
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