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PPS afirmou hoje que a Presidência da República confessou ao partido
ter gasto R$ 3 milhões com viagens que serviram para fazer propaganda a
favor da ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com informações do PPS,
um documento oficial da Casa Civil da Presidência, enviado ao deputado
federal Raul Jungmann (PPS-PE), mostra que a campanha de Dilma recebeu
uma injeção de recursos públicos.
"É a prova cabal da utilização da Presidência da República e da Casa
Civil para a promoção indevida e ilegal, com dinheiro público, da
candidata-ministra Dilma Rousseff", afirmou o parlamentar. Segundo o
PPS, a oposição estuda acionar a Justiça para pedir o ressarcimento dos
gastos com as viagens.
Segundo informações do PPS, o montante gasto pode ser ainda maior
porque a Casa Civil revelou apenas os custos com o pagamento de
alimentação, diárias, hospedagens e serviços de telecomunicações, de
apoio logístico e de locomoção de veículos terrestres. Conforme o PPS,
ficaram de fora despesas com combustível de aeronaves oficiais, locação
de veículos aéreos e custo estimado por convidado de cada evento.
O PPS informou que os recursos públicos foram gastos em 26 viagens
feitas no período de 1º setembro de 2009 a 19 de fevereiro de 2010. Na
época, Dilma ainda era ministra da Casa Civil, mas já era apontada como
pré-candidata ao Palácio do Planalto.
Por causa de duas dessas viagens o presidente Lula já foi condenado
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi multado em R$ 10 mil
por ter feito propaganda pró Dilma durante a inauguração do Sindicato
dos Trabalhadores em Processamento de Dados/SP (Sindpd/SP), em janeiro.
No julgamento prevaleceu o entendimento de que em seu discurso o
presidente teria feito cinco menções a Dilma e promovido, de forma
indireta e subliminar, a pré-candidatura dela à presidência.
Fonte: MARIÂNGELA GALLUCCI - Agência Estado
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