Onze deputados do partido votaram a favor de vetar importante trecho da lei
Entre os opositores do projeto Ficha Limpa, que proíbe candidatos com
condenações na Justiça, a bancada do PP (Partido Progressista) na
Câmara vem se destacando ao tentar desfigurar a proposta inicial. O
deputado Paulo Maluf (PP-SP) é um dos poucos parlamentares que podem
ser declarados inelegíveis caso o texto seja aprovado.
Maluf foi condenado em abril deste ano pela 7.ª Câmara de Direito
Público do Tribunal de Justiça de São Paulo a ressarcir suposto
prejuízo com o superfaturamento de 1,4 tonelada de frango ao custo de
R$ 1,39 milhão, pagos pelo município de São Paulo, que administrava em
1996. O ex-prefeito afirmou que vai recorrer do acórdão no Superior
Tribunal de Justiça, mas a decisão em seu desfavor é colegiada, ou
seja, realizada por mais de um juiz, pré-requisito do Ficha Limpa para
declarar um candidato inelegível.
Na guerrilha pela derrubada do projeto, 11 deputados do partido
votaram na noite da última quinta-feira (6) a favor de um destaque
proposto pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tentava vetar
trecho da lei que tornaria inelegível por oito anos os condenados por
abuso de poder econômico ou político em eleições.
Na prática, no entanto, se a expressão fosse retirada do texto
final, o projeto inteiro poderia ser prejudicado por razões de
inconstitucionalidade - o que beneficiaria Maluf. O ex-prefeito foi um
dos que votou para derrubá-lo, mas sem sucesso. Na próxima terça-feira
(11), o projeto passará por novo crivo da Câmara com a votação de um
destaque proposto pelo deputado do PP João Pizzolatti (SC).
Fonte: Agência Estado
É um absurdo, Maluf, com tantos processos, continuar sendo candidato. Ele não deveria ter o direito sequer de continuar no cargo atual. Para mim, isso é uma palhaçada! Aguardemos a proxima terça(11/05).
ResponderExcluirOdila Garcia