Governo lança programa de banda larga para a internet de olho nas eleições
Líder João Almeida (BA)
A reativação da Telebrás – que não dispõe de estrutura física, lógica, técnica e humana – para gerenciar o Plano Nacional de Banda Larga significa o surgimento de novo "cabide de empregos", com o objetivo de acomodar aliados do governo federal.Para o líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), a intenção do governo é inchar ainda mais a máquina pública. "É preciso um plano de banda larga com um processo transparente, de forma concorrente e aberta. Mas, ao que tudo indica, a intenção é dar mais empregos para os \'companheiros\' em ano eleitoral", critica Almeida.
O programa para levar internet rápida aos municípios brasileiros foi anunciado ontem, seguido de uma série de dúvidas sobre sua viabilidade. A própria área técnica do governo federal é contrária à proposta de usar uma estatal para administrar o programa. Foi vencida pela idéia que partiu da Casa Civil, ainda quando estava sob as ordens da pré-candidata do PT Dilma Rousseff.
O programa prevê um pacote de investimento de R$ 13 bilhões até 2014. Desse total, R$ 3,22 bilhões, vindos do Tesouro, vão capitalizar a Telebrás, e R$ 7,5 bilhões, em linhas de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Tesouro Nacional, no entanto, rejeita a hipótese de injetar recursos para ressuscitar a falida Telebrás.
Além desses problemas, a meta inicial era levar internet para 3.000 cidades ainda no mandato petista, mas a versão não passou pelo crivo da mentira e o resultado final, menos ambicioso, prevê o atendimento a apenas cem municípios.
De acordo com o senador Alvaro Dias (PR), o governo continua sem esclarecer os episódios dessa operação eleitoreira. "As trapalhadas se repetem. Houve a denúncia em relação à participação do ex-ministro José Dirceu em operações que ficaram sob suspeição, houve a supervalorização das ações da estatal de forma exuberante. São algumas trapalhadas num único ato administrativo. Isso tem que ser fiscalizado com o necessário cuidado", afirma.
Não se discute a necessidade de melhorar o serviço de banda larga, mesmo porque só 20 milhões de domicílios brasileiros têm acesso à internet rápida. Mas, ao invés de reativar uma empresa falida, como definiu a jornalista Miriam Leitão, o governo deveria usar os R$ 10 bilhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
Fonte: Agência Tucana
De que partido o Sr é mesmo? PSDB? Tá explicado. Pq o Sr não analisa a situação de dificuldade de acesso à internet de maneira apartidária? Não interessa, não é mesmo? Antes que o Sr pense, deixe eu lhe esclarecer: não sou eleitor do Lula. Mas vamos dar valor as boas ideias. Com certeza, entregar o nosso patrimônio à iniciativa privada, como fez o FHC, do seu partido, é que não pode ser considerada uma boa ideia.
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