Estações Paulista e Faria Lima funcionarão temporariamente entre 9h e 15h; a inauguração das duas próximas, Butantã e Pinheiros, deve ocorrer em novembro
Inaugurada nesta terça depois de seis anos de obras e
oito anos após a abertura do último trecho de Metrô na capital
paulista, a Linha 4 - Amarela vai fechar o ano de 2010 com quatro
estações em funcionamento: além de Faria Lima e Paulista, abertas nesta
terça-feira, Butantã e Pinheiros completarão as primeiras quatro
paradas.
Elas serão inauguradas "até o fim de novembro",
disseram o governador Alberto Goldman e o secretário estadual de
Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella - "alguns dias a mais ou
a menos", de acordo com o secretário. Duas outras estações da primeira
fase da Linha 4, Luz e República, ficam para o fim de abril de 2011,
segundo o governador. Ele exaltou a obra como a "linha mais moderna do
mundo".
Eram exatamente 13h15 quando o primeiro novo trem
encostou na plataforma da Estação Faria Lima sob as palmas dos
funcionários do Via Quatro para a viagem inaugural com passageiros.
Além de Goldman, embarcaram o prefeito Gilberto Kassab, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, além de convidados e jornalistas. Uma
"ausência" sentida foi a do pré-candidato à presidência José Serra -
"não queríamos constrangimento", de acordo com Goldman.
Enquanto
isso, centenas de pessoas se acotovelavam nas portas principais da
Faria Lima, impedidas de descer por seguranças do Consórcio Via Quatro,
operador da linha. Elas estavam aguardando a abertura da estação para o
público. Houve um pequeno início de tumulto no Largo da Batata, onde
fica a estação, logo contido por seguranças.
Depois de uma
chuva de papel picado, com direito a estrelinhas amarelas, os primeiros
passageiros convidados puderam entrar no trem - onde, ao contrário do
saguão da Faria Lima, o ar condicionado funcionava com potência bem
maior. Os letreiros eletrônicos nas pontas de cada vagão, que
futuramente mostrarão o nome das estações, anunciavam: "bem vindos".
As
portas do trem coreano se fecharam às 13h17 para uma viagem de 3
minutos e 20 segundos até a Estação Paulista. Fradique Coutinho e Oscar
Freire, estações intermediárias, estavam escuras. Assim como
Higienópolis Mackenzie e São Paulo-Morumbi, elas devem ser inauguradas
apenas em 2014.
Logo no início, alguns passageiros entre os
convidados, de estatura mais baixa, apontaram certo desconforto nos
trens coreanos, fabricados pela Siemens-Rotem: as barras de seguranças
são mais altas do que nos demais trens do Metrô, o que obriga essas
pessoas a esticar mais os braços para se apoiar. Os bancos são de
tecido amarelos, porém estreitos e duros, como nas demais linhas. A
passagem de um vagão para outro é protegida por uma espécie de tela de
plástico enrugado, como nos ônibus bi-articulados.
Na Estação
Paulista, a bateria da escola de samba Tom Maior executava "Lá vem ela,
a Linha Amarela", música composta especialmente para a ocasião, assim
que o trem chegou.
Os primeiros passageiros do público em
geral puderam entrar logo depois, às 13h20, por meio da plataforma de
acesso para a Linha 2 - Verde, onde o trânsito só era permitido a
partir da Linha 2 para a Linha 4 - o que será mantido durante todo o
período de operação assistida, por até 3 semanas. Isso impede que
pessoas venham da Linha Amarela e acessem a Linha Verde e o restante do
sistema sem pagar.
Os primeiros a ingressar na nova estação
paravam para tirar fotos e conversar com a imprensa, o que causou
acúmulo de passageiros e levou uma das novas esteiras rolantes, do
acesso, parar de funcionar cinco minutos depois.
Fonte: Daniel Gonzales - estadão.com.br
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