A empresa contratada pelo PT para fazer a segurança da pré-candidata
do partido à Presidência, Dilma Rousseff, atua de forma irregular em
Brasília. A informação é da reportagem de Matheus Leitão e Ranier Bragon publicada na edição deste domingo da Folha.
De acordo com o texto, o contrato foi acertado com o grupo CR 5 Brasil
Segurança, de São Paulo, que recebeu R$ 3,1 milhões de órgãos do
governo federal entre 2008 e 2009. Segundo a legislação, para uma
empresa paulista prestar serviço em Brasília, ela precisa ter uma
filial aberta na cidade, com vários requisitos --como um cofre para
guardar as armas e um mínimo de funcionários.
O grupo CR 5 não cumpre esses requisitos e não iniciou o processo de
abertura de filial. Isso torna passíveis de multa tanto a empresa
quanto o seu contratante, o PT. A empresa pode ainda ser proibida
temporariamente de funcionar.
Outro lado
A CR 5 Brasil Segurança, a pré-campanha de Dilma Rousseff e o PT não esclareceram à Folha
os termos da contratação da empresa. Procurada em 29 de abril, a
assessoria de Dilma informou à reportagem que encaminharia os
questionamentos ao partido.
No dia seguinte, a direção petista respondeu que: "Todos os
prestadores de serviço e empresas que trabalham na pré-campanha da
ex-ministra Dilma Rousseff são contratados pelo PT".
Na semana anterior, a Folha já havia procurado Charles
Abreu, o representante legal da empresa em Brasília de acordo com o PT.
Na ocasião, ele informou que a empresa "PK 9 é a responsável pelo
trabalho com a pré-candidata". Mas não se trataria de uma empresa de
segurança, e sim de serviços gerais dentro do grupo CR 5 Brasil
Segurança.
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