Sérgio Guerra: Discurso Encontro Nacional PSDB, DEM e PPS

 

Imaginemos o que Serra será capaz de fazer pelo Brasil


Paula Sholl
Estamos imensamente agradecidos a todos pela participação neste evento histórico na vida do nosso País.
Devo inicialmente afirmar que este é um momento histórico!
Aqui, agora, representantes de todas as Regiões do nosso país, iniciamos a escolha de um líder, José Serra, para comandar um novo momento para o Brasil.
A grande importância e a necessidade deste encontro se devem exatamente ao seu elevado significado histórico.
O País cresce, as condições de vida do nosso povo têm melhorado.
O desafio crucial agora, para todos nós brasileiros, é o de como vamos acelerar, com sustentabilidade, uma nova fase de prosperidade para o País.
 Acima de tudo, devemos nos perguntar: como vamos garantir avanços de verdade?
Mas, principalmente, quem tem realmente condições de comandar esse processo.
É um desafio que só pode ser feito por quem está verdadeiramente preparado para essa tarefa histórica.
Por isso, qualquer brasileiro, no melhor da sua consciência, na mais sincera isenção, não tem dúvida de que José Serra é o quadro mais qualificado para assumir o comando do Brasil.
Serra não é um improviso. Serra é parte integrante da construção da história brasileira, popular e democrática.
Serra vem de origem humilde. Um filho de imigrante pobre que vivenciou o cotidiano da maioria do nosso povo.
Serra é um lutador que logo cedo se revelou líder. Quando ainda muito jovem, aos 20 anos, se tornou Presidente da União Nacional dos Estudantes.
Corajoso, não se curvou frente ao autoritarismo do regime militar, não sucumbiu à insensatez de atos irresponsáveis.
Serra enfrentou o exílio com serenidade, e não ficou paralisado. Aprofundou suas reflexões e formação técnica, inclusive participando, ativamente, da vida política do Chile de Salvador Allende.
Viveu ali, na CEPAL, sob a liderança do memorável economista Raul Prebisch, uma importante experiência internacional, como estudante,  trabalhador e militante das correntes mais progressistas do mundo.
Serra sempre foi um pensador lúcido, um intelectual de brilho mundial, e logo cedo se destacou com reflexões que se tornaram leitura obrigatória em todos os círculos progressistas.
Mesmo no exílio, Serra estava sempre a pensar o Brasil, obstinadamente, como obriga o traço central de sua personalidade, nunca deixou de cuidar, incansavelmente, da nossa vida econômica, social e política.
Estudou nos Estados Unidos, em Cornell, e também trabalhou como pesquisador na Universidade de Princeton, com um dos mais importantes pensadores do desenvolvimento econômico, o professor Albert Hirschman.
A volta do exílio acelerou a vida do militante progressista, ativo, formulador e executor.
Um homem de pensamento e de ação;  lúcido e sereno, que desde a juventude tem dedicado a sua vida exclusivamente à busca de soluções práticas para os grandes problemas brasileiros.
Participante destacado do Governo Franco Montoro, Serra se tornou uma espécie de Primeiro-Ministro de um dos governos estaduais mais dignos que o Brasil já conheceu. André Franco Montoro: um dos fundadores do PSDB, a quem agora todos nós rendemos a mais merecida homenagem.
Em seguida, ao chegar à Câmara dos Deputados, Serra se tornou a referência maior para todas as questões econômicas, sobretudo durante a Constituinte.
Assim, congregou em seu entorno as novas gerações de economistas e gestores públicos preocupados em unir pensamento e ação. O mesmo aconteceu com sua chegada ao Senado Federal.
Como na Câmara, alguns podiam até não gostar do seu estilo marcadamente racional, lógico, austero, mas todos, sem exceção, sempre respeitaram sua brilhante lucidez, sua autoridade técnica, sua serenidade permanente.
Foi inquestionável o poder de articulação política e de liderança democrática de Serra no Parlamento.
Veio o Governo Fernando Henrique. Serra assumiu o Ministério do Planejamento e Serra se transformou no defensor central do desenvolvimentismo como eixo das políticas públicas; preservando sua visão lúcida e serena, crítica e criativa, sempre preocupado com as questões não apenas econômicas, mas também políticas e sociais.
Daí porque Serra se tornou Ministro da Saúde: suas preocupações sociais são práticas, objetivas, voltadas para as questões mais essenciais da existência humana, e ligadas diretamente ao cotidiano das pessoas.
 Não há dúvida de que foi o melhor Ministro da Saúde que o Brasil teve em toda a nossa história. Que concebeu, estruturou e colocou para funcionar os programas mais importantes de nosso sistema de saúde, muitos dos quais obtiveram amplo reconhecimento internacional.
Em 2002, mesmo diante de um quadro eleitoral claramente adverso, Serra não fugiu à luta e é nosso candidato à Presidência, realizando uma campanha da mais alta dignidade.
Obteve ali uma vitória política importante, pois foi ao segundo turno e reforçou sua marca de nunca vacilar em defesa das melhores práticas democráticas.
Depois de 16 anos como parlamentar federal, em 2003 Serra voltou outra vez, para sua terra, São Paulo, e em 2004 se elegeu Prefeito da Capital econômica e cultural do Brasil.
Vale ressaltar, e eu posso ressaltar, pois sou um deles:  a maior cidade de Nordestinos do Brasil.
 Onde vivem brasileiros de todas as origens e onde nosso País revela, na máxima plenitude, a potente e vibrante mistura que nos caracteriza.
Como Prefeito, instantaneamente, realizou uma administração brilhante para, logo em seguida, se eleger Governador de São Paulo. Mais uma vez provando elevada competência, idealizando trabalhos pioneiros e de grande sucesso.
Viabilizou no seu Estado investimentos diretos capazes de rivalizar com tudo o que Governo Federal fez no Brasil inteiro.
Imaginemos então o que Serra será capaz de realizar para o Brasil inteiro.
Agora é chegado o momento de concretizar a sua maior contribuição, de levar a nossa economia, nossa vida social e política para um novo patamar de qualidade.
De garantir os avanços essenciais para os brasileiros de todas as origens.
Devo ressaltar algo fundamental quanto à marca democrática de Serra: ele nunca foi personalista e sempre buscou trabalhar coletivamente, mobilizando os melhores quadros existentes no Brasil, de todas as regiões.
Mesmo de partidos adversários, revelando na prática seu compromisso com o mérito, com a eficiência, com a defesa do interesse público acima de tudo.
Serra é um homem de permanente diálogo aberto. Com equilíbrio e serenidade sempre interagiu, e continua a interagir, com todas as correntes políticas, mesmo com seus adversários. Desde que tenham a democracia como valor universal.
Foram raros os momentos na nossa história em que tivemos um líder político tão preparado, tão testado, tão maduro, tão completo como José Serra.
Quantas vezes tivemos a oportunidade de escolher um líder que veio das camadas populares, foi líder nacional da juventude, foi líder militante no exílio, estudou e trabalhou nos maiores centros de pesquisas econômicas do mundo, foi acadêmico de destaque na universidade brasileira, foi líder, formulador e executor direto em nível municipal, estadual e federal, e que mantém diálogo permanente com todas as correntes do pensamento e da prática democrática?
Nós vivemos agora, neste exato momento, um evento histórico tão importante quanto à ascensão de Getúlio Vargas, as eleições de JK, de Tancredo Neves, de Fernando Henrique e a do próprio Lula.
Não pode haver dúvida, para quem analisar com isenção, com o mínimo de honestidade racional: José Serra é hoje o político mais qualificado para ser Presidente da República. É inquestionável sua liderança, sua competência gerencial, seu preparo intelectual, sua dedicação obstinada ao trabalho como homem público.
Temos todos aqui a missão histórica de lutar e garantir a vitória do Serra. Não para ser uma vitória nossa simplesmente, mas sim para ser uma vitória em favor do nosso povo.
Nosso País tem apenas duas opções: avançar com quem é um líder preparado em todos os planos da vida, que sempre fez opções lúcidas, racionais e equilibradas, ou seguir com o improviso, com quem nunca exerceu liderança em nenhum nível da vida pública, e sempre foi auxiliar sem qualquer teste político de liderança real, que cometeu tristes equívocos irracionais no passado e no presente.
O que afinal queremos para o País?
O Brasil quer seguir a aventura de alguém que jamais foi líder de nada, sempre foi auxiliar burocrática a vida toda? Ou prefere ter alguém que tem provado sua capacidade de líder lúcido, equilibrado desde a juventude?
Sim, vivemos um momento histórico e o Brasil se encontra numa clara encruzilhada: seguir o caminho do desconhecido, da falta de liderança comprovada, de um passado de insensatez? Ou seguir a via segura de um comandante experiente em todos os níveis da vida pública, líder sensato, comprovado ao longo de 48 anos sem qualquer desvio de conduta, desvario ou desequilíbrio?
Seguir o caminho correto é responsabilidade histórica de todos nós, de todos os que não estão contaminados pelo improviso, pela aventura irracional.
Sim, nossa responsabilidade histórica é coletiva e é imensa. E temos que estar conscientes que esta será uma das eleições mais difíceis de todos os tempos. Creio mesmo a mais difícil de todas.
Não, não podemos desconhecer e muito menos subestimar as imensas dificuldades que enfrentaremos. Temos, isto sim, que respeitar os adversários de maneira digna e inteligente.
Digna porque a situação do Brasil de hoje não é monopólio de NINGUÉM. Os sucessos de nosso País se devem a um esforço coletivo, onde nós todos, governo e oposição, temos tido um papel central.
E porque a administração do Brasil se dá também, nos municípios, nos Estados, no Legislativo, no Judiciário, nas empresas, nas repartições públicas.
O Brasil não estaria nesta situação positiva se o Presidente Itamar Franco e o Presidente Fernando Henrique não tivessem tido a coragem e a competência de implantar o Plano Real.
Se os governadores, como o nosso líder Aécio Neves, não tivessem desenvolvido gestões da mais alta competência, atingindo aprovação popular inédita de 92% em Minas Gerais.
Em resumo, o sucesso do Brasil é de todos nós, trabalhadores do setor privado e público, profissionais liberais e empresários, civis e militares.
Somos uma construção coletiva e temos agora o desafio de avançar e aprofundar as conquistas já obtidas.
Temos que deixar claro que o Brasil deve mesmo ser o País de todos e não só de alguns grupos que querem se perpetuar no poder, mesmo que seja por meio do improviso aventureiro e do uso da máquina pública, sem querer respeitar a alternância no poder que é o valor supremo da Democracia.
Queremos, com firmeza, ampliar a participação prática de todos, incorporar outros segmentos da vida nacional, juntar não apenas nossos partidos aqui presentes, mas também todos os grupos democráticos que não querem colocar em risco o futuro do Brasil. E que sabem que Serra é quem tem verdadeira capacidade de liderança.
Vamos juntos, vigorosamente, na certeza de que o futuro do Brasil depende de todos nós!
Para garantir um Brasil mais seguro, justo, aberto, avançado, eficiente, necessitamos ter no comando aquele que está realmente qualificado para ser líder de todos os brasileiros. E esse líder só tem um nome, todos sabem: 
É Serra!

Ouça a íntegra do discurso de Sérgio Guerra

Fonte: Agência Tucana

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