Manifestantes jogaram ovos contra carro de som; avenida Paulista foi liberada
Por volta de 16h, momento em que ocorreu a votação, houve gritos de "traidores" e vaias contra os diretores dos sindicatos.
Após a aprovação do fim da greve, houve troca de socos e chutes entre professores. Ovos foram atirados contra o carro de som usado pelos sindicalistas.
Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de escolas públicas do Estado de São Paulo), foi hostilizada e xingada.
Manifestantes também jogaram bombinhas após a descida dela do carro de som. Um cordão de isolamento foi formado para que a presidente da Apeoesp pudesse deixar a assembleia.
Diretora estadual da Apeoesp, Vera Lúcia Zirnberger foi ameaçada de agressão por outra pessoa, que não quis se identificar mas disse que é professor.
A sindicalista afirma que os tumultos foram causados por baderneiros que não dão aulas nas escolas públicas:
- Eles não são professores, são arruaceiros e estão aqui votando. Não admitimos que façam isso.
Professores trocam socos durante assembleia Foto: Evelson de Freitas/Agência Estado
Greve esvaziada
Maria Izabel Noronha admitiu, durante o protesto, que a greve estava enfraquecida. Um levantamento do R7 realizado com 50 escolas aponta que todas estão tendo aulas, e apenas 14 disseram estar parcialmente em greve.
Cerca de 600 pessoas participaram do protesto, que chegou a fechar a avenida Paulista. A via foi liberada às 16h30.
Não houve confronto com a Polícia Militar, que apenas acompanhou a manifestação.
Aproximadamente 300 policiais fizeram a segurança a passeata, segundo o comando da operação. Foram usadas cem viaturas e 180 motos pelo efetivo da PM.
Pela proposta apresentada pelos sindicatos e aprovada pela assembleia de docentes, a suspensão da greve dura até 7 de maio, na expectativa de que o governo do Estado e a Secretaria da Educação abram negociações com a categoria.
Caso não haja um acordo sobre a pauta salarial, pode haver retomada da paralisação.
Fonte: Letícia Casado, do R7
Estive na Assembléia dos professores e foi lamentável a forma que terminou, porém, a verdade tem que ser dita, as cenas de violência não foram com estudantes e sim entre professores, enclusive com o ex presidente da Apeoesp e atual vice presidente da CUT, o professor Carlos Ramiro, que trocou socos e pontapés com um grevista.
ResponderExcluirObrigado pelo esclarecimento. É importante ter a informação correta.
ResponderExcluirEssa forma como a greve chegou ao fim em São Paulo foi decepcionante. Não é exemplo a ser seguido. GREVISTA TEM QUE SABER QUE GREVE É UM CONFLITO SOCIAL PROFUNDO! Se é pra voltar sem nada, então pra que fazer greve? De greve, só volta com algo na mão! OS PRIMEIROS GREVISTAS FORAM ENFORCADOS COMO CRIMINOSOS PARA GARANTIR O DIREITO DE GREVE! Essa história de voltar da greve para negociar ou porque o salário foi descontado desonra a história e o próprio direito de greve! A SOLUÇÃO FOI VERGONHOSA! MEUS PÊSAMES! Se com um instrumento de pressão poderoso nada conseguiram, vão contar com o que agora? Com a boa vontade do patrão?! ACORDEM!
ResponderExcluirLeia em meu blog sobre o rombo no regime próprio de previdência dos servidores municipais de Fortaleza:
www.valdecyalves.blogspot.com