Dentro de alguns instantes começa na Polícia Federal de Brasília um depoimento que será monitorado de perto pelo Palácio do Planalto e pela assessoria da candidata do PT à Presidência, a ex-ministra Dilma Rousseff. O secretário de Administração da Casa Civil, Norberto Timóteo Queiroz, será ouvido como testemunha do inquérito que apura a elaboração e o vazamento, em 2008, de um dossiê sobre os gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher, dona Ruth Cardoso, que morreu em junho de 2008. A suspeita é que Norberto tenha escalado funcionários sob sua responsabilidade para levantar dados sobre os gastos pessoais de FHC.
Na ocasião, a então ministra Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff teve que dar explicações sobre a elaboração do dossiê. No início da investigação, a PF pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal para investigar a então ministra Dilma, mas não foi autorizada. A atual ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, também era investigada. Mas agora, com o novo cargo, passou a ter foro privilegiado. Se a PF quiser investigá-la, terá que pedir nova autorização ao Supremo. O único punido até agora no caso foi o então assessor José Aparecido, demitido do cargo.
Fonte: Leonel Rocha - Epoca.com.br
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