Yeda lança pré-candidatura à reeleição no RS


Sem a presença de lideranças expressivas ou de aliados de outros partidos, a governadora Yeda Crusius (PSDB) lançou oficialmente sua pré-candidatura à reeleição para o governo gaúcho na manhã de domingo (28), no balneário de Imbé, localizado no litoral norte do RS, a cerca de 120 km de Porto Alegre.
Cerca de 500 militantes tucanos prestigiaram o encontro estadual do partido, que teve como estrelas o secretário estadual de Habitação, Marco Alba (PMDB), e o presidente da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Sérgio Camps de Moraes (PPS). Moraes é um dos cotados para compor a chapa majoritária de Yeda.
Era para ser um ato festivo, mas a ausência de líderes expressivos de partidos aliados do governo, como PP, PTB e PMDB, acabou ofuscando a oficialização da pré-candidatura de Yeda. Diante da falta de repercussão, o PSDB gaúcho articula a realização de uma nova convenção em abril. Desta vez com a presença de nomes nacionais da sigla, entre eles o governador José Serra.
Oficialmente, a justificativa para uma nova convenção do PSDB foi a morte do secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, na noite de sexta-feira (26). “Seria um desrespeito lançar a candidatura neste momento”, disse o presidente estadual da sigla, Claudio Diaz.
Santos, morto a tiros depois de participar de um culto evangélico, foi vice-prefeito de Porto Alegre entre 2055 e 2008 e seria candidato a deputado estadual pelo PTB, aliado de Yeda na Assembleia Legislativa. Depois do ato em Imbé, a governadora acompanhou o velório do secretário.
Mas a falta de lideranças aliadas é que, de fato, motivou a mudança de estratégia. O PSDB tentou cancelar o encontro, mas a estrutura montada e a presença de eleitores no local obrigou o partido a manter a programação.
Yeda chegou ao local da convenção tucana às 12h15. Vestidos com camisetas com inscrições eleitorais, os militantes receberam a governadora com o jingle da campanha vencedora de 2006. Na época, a governadora foi eleita batendo os favoritos Germano Rigotto (PMDB), governador que tentava a reeleição, e Tarso Genro (PT).
No seu discurso, Yeda conclamou os militantes a repetir a campanha vitoriosa de 2006 e fez ataques à oposição que, segundo ela, quer enfraquecer as instituições políticas do Estado com fins eleitorais. “Não vamos entregar o Estado para eles de jeito nenhum”, disse a governadora.
Desde 2008 a governadora enfrenta uma série de denúncias de corrupção em seu governo. Em março do ano passado, Yeda chegou a ser incluída como ré numa ação do Ministério Público Federal, mas a Justiça acabou retirando o nome da governadora da ação por ela ter foro privilegiado.

Flávio Ilha
Fonte:  UOL Notícias

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