O tucano José Serra transmitirá o cargo de governador de São Paulo a Alberto Goldman, para sair candidato à Presidência, na tarde do próximo dia 31, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL).
Na semana passada, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, disse que o partido pretende lançar oficialmente a candidatura do governador de São Paulo ao Palácio do Planalto no dia 10 de abril.
Em conversa com internautas no Twitter, por meio de videoconferência, Guerra disse que a pré-convenção do partido para anunciar a candidatura de Serra será em Brasília, num evento que vai reunir a cúpula e a militância tucana.
"A lei define os períodos de convenção. O que vamos fazer é o lançamento, não sei se uma pré-convenção, provavelmente no sábado de manhã, dia 10. (...) Quando terminar a Semana Santa ele será candidato, nada mais tranquilo, justo e correto. Será em Brasília, como é da tradição brasileira, e vamos lançar a campanha do nosso candidato aqui com brasileiros de todo lugar", afirmou.
Ao atacar a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, Guerra disse que o PSDB vai "seguir estritamente a lei". "Vamos começar a campanha na lei, coisa que eles [petistas] não fazem. Vai ser uma guerra em que população vai em dado momento distinguir", afirmou.
Guerra disse, porém, que os tucanos não pretendem "olhar para trás" ao longo da campanha --num sinal de que não pretendem comparar a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Olhar para trás não faz sentido nenhum e olhando para frente as pessoas vão se perguntar: 'o Serra fez isso, tem competência, e a Dilma não fez isso, não tem competência'", afirmou.
Na opinião do tucano, Serra terá vantagem na campanha se o PT decidir fazer comparações entre a gestão FHC e a do presidente Lula. "Ela vai comparar com o nosso presidente da República que o Brasil não vai prestar atenção porque tudo que o governador Serra fala tem começo, meio e fim. A gente faz uma campanha que depois pode ser cobrada no governo."
Guerra exaltou qualidades do futuro candidato do PSDB à Presidência da República ao lembrar feitos do governador de São Paulo. "O Serra é um cara que começou sua vida no movimento estudantil. Depois foi exilado, viveu em embaixadas, volta ao Brasil e disputa. Foi o melhor ministro da saúde. Assume e dá um banho na Prefeitura de São Paulo", afirmou.
O tucano disse que, ao contrário de Dilma, o PSDB não faz "propaganda fora da lei", nem veicula "anúncios de candidatos" --num recado às inserções em que Dilma aparece ao lado do presidente Lula e às obras inauguradas pela ministra e pelo presidente nos últimos dias.
Fonte: Folha Online
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