“Serra é forte, e disputa não será fácil”, diz ministro Paulo Bernardo

O ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, comemora, como qualquer petista, a consolidação e o crescimento da candidatura da ministra Dilma Rousseff à presidência, mas é mais realista que muitos dos seus correligionários. “José Serra é um adversário forte, e a disputa não será fácil” – profetiza.
 O desempenho do tucano nas diversas disputas eleitorais e principalmente a trajetória pessoal de Serra levam o petista a pensar duas vezes quando se trata de avaliar o adversário:  “ele está na política desde 63!” – pondera o ministro.
 A cautela não está lastreada no desempenho da oposição que, para Bernardo, não consegue sustentar um discurso convincente e age a reboque de editoriais e reportagens de imprensa.
 Perguntado sobre o desempenho de Dilma a partir de abril, quando ela se licencia do cargo para assumir a campanha, ora com, ora sem a poderosa escolta do presidente Lula, Paulo Bernardo mostra tranqüilidade. “Para começar, a nossa Dilminha tem uns quinhentos pedidos de entrevista em rádios, televisões e jornais do interior. Ela pode muito bem atendê-los e dar o seu recado. Duvido que o Serra tenha paciência para isso!” – calcula.
 A campanha será prioridade absoluta na agenda de Lula, confirma o ministro. Conciliá-la com o expediente de trabalho vai exigir malabarismos, para não atropelar as regras eleitorais mais do que já ocorre hoje. “Nas horas vagas, ele governa!”, alguém brincou. Escolado, Paulo Bernardo apenas acompanhou as gargalhadas gerais.  
Quanto ao próprio destino político, o ministro, que ontem completou 53 anos, faz mistério. Descarta por ora a hipótese de ser o chefe da Casa Civil. Só se sabe que “a Dilminha” vai precisar dele – como lhe disse o próprio presidente Lula.

Fonte: Blog Christina Lemos - R7

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