Senado aprova proposta de Tasso que prevê benefício extra do Bolsa Família


comissao_educação_do_senadoA Comissão de Educação do Senado aprovou por 17 votos a um, nesta terça-feira, o projeto de lei do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que prevê aumento do benefício do Bolsa Família de acordo com o desempenho educacional das crianças.
A proposta prevê o pagamento de um novo benefício para as famílias cadastradas no Bolsa Família voltado especificamente para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos que alcançarem boas notas. O valor a ser pago será regulamentado pelo governo federal.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que o projeto é importante para o partido. 
- É um benefício que amplia e melhora o Bolsa Família. Será um argumento importante para luta futura do PSDB – disse Sérgio Guerra.
Um dos nomes do PSDB cotados para ser vice na chapa presidencial de Serra, Tasso Jereissati disse ter ficado surpreso com a tentativa do governo de barrar seu projeto:
- Jogaram pesado para que a proposta não fosse votada, mas a maioria governista não teve coragem de votar contra. O projeto vincula de forma definitiva o PSDB ao Bolsa Família e resgata a proposta do Bolsa Escola, que criamos, ao vincular o adicional do benefício ao desempenho educacional.
O Bolsa Família é a grande bandeira do governo para a campanha eleitoral. O programa virou alvo de disputa política entre governo e oposição. Os tucanos advertem que o principal programa social do atual governo nada mais é do que o Bolsa Escola, criado na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
Dos 17 que aprovaram, sete são da oposição, três do PT e os demais aliados do governo. Votaram a favor os petistas Eduardo Suplicy (SP), Paulo Paim (RS) e Augusto Botelho (RR).
O projeto foi aprovado em caráter terminativo, dispensando, portanto, a votação em plenário. Segue agora para a Câmara.
Para a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), única a votar contra a proposta, a oposição quer fazer uso político do projeto em ano eleitoral.
- Eles apelidaram o Bolsa Família de Bolsa Esmola. Agora, estão querendo tirar plus político – disse Ideli, que pretende apresentar recurso para que o projeto seja votado no plenário do Senado e não remetido à Câmara.
Para a senadora, a iniciativa é uma crueldade e representa um retrocesso, uma vez que joga nas costas do menor a responsabilidade pelo aumento da renda familiar:
- Não consigo entender o motivo esdrúxulo e cruel (da proposta do tucano). Isso vai provocar uma pressão sobre a criança, que passa a ser responsável pela renda maior da família.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que implementou programa semelhante quando governou o Distrito Federal, elogiou a proposta:
- O projeto tenta resgatar a filosofia inicial do antigo Bolsa Escola.
Apesar da insatisfação de setores do governo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), provocou:
- No governo Dilma, a gente implanta isso – provocou Jucá.

Fonte: Rede PSDB

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