Secretários fazem caminho de volta ao Legislativo


Parlamentares que vão disputar as eleições de outubro devem reassumir os cargos

A eleição deste ano vai provocar já no fim deste mês seus primeiros efeitos sobre a rotina dos Legislativos estaduais. Parlamentares que estão licenciados de suas funções, ocupando outros cargos, vão reassumir suas cadeiras para disputar novo mandato em outubro. Em São Paulo esse movimento já tem data para acontecer. Em 1º de abril seis deputados, hoje auxiliares do governo José Serra (PSDB) ou da Prefeitura de Gilberto Kassab (DEM), retornarão à Assembleia Legislativa ou à Câmara Federal.

Quatro deles reassumem seus postos no Legislativo paulista: Sidney Beraldo (PSDB e secretário estadual de Gestão), Rita Passos (PV e titular da pasta de Assistência e Desenvolvimento Social), Ricardo Montoro (PSDB e secretário municipal de Participação e Parceria) e Rodrigo Garcia (DEM e titular da Secretaria Municipal de Desburocratização). Já o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman (PSDB), e o secretário especial de Articulação Metropolitana do prefeito Kassab, Jorge Tadeu Mudalen, voltam para Brasília.

A migração já virou um movimento tradicional em ano de eleição. O retorno às origens não é por vontade própria. A lei eleitoral exige a desincompatibilização - o afastamento do agente público do cargo se quiser disputar o pleito. É a mesma regra que obriga o governador de São Paulo, José Serra, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a deixarem suas funções até o dia 2 de abril para lançar-se na disputa presidencial.

Beraldo, que deve tentar uma cadeira de deputado federal, já comunicou Serra sobre a saída do governo.

- Eu já comuniquei o governador sobre a minha saída e está tudo certo. Darei expediente até o dia 1º.

Feldman, embora veterano na Câmara dos Deputados, também se encaixa nesse grupo.

- É uma mudança radical porque o ritmo do Executivo e do Legislativo é completamente diferente. Vai ser difícil, mas, como Mario Covas dizia, ninguém tem o direito de abrir mão de disputar o próprio mandato.
 
Fonte R7

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