Presidente da Apeoesp diz que greve é política


Sindicalista diz que greve é política, mas não partidária, e ataca Serra

A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, admitiu hoje que a greve de parte da categoria é política. Mas negou que tenha relação com o PT. "É política, mas não é partidária", disse ela sobre a paralisação.
Após comandar nova manifestação nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da cidade, a sindicalista fez várias críticas ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
"Esse senhor não vai ser presidente do Brasil", afirmou ela. "Se for eleito vai acabar com imagem que Brasil conquistou lá fora."
Um pouco antes, ela convocou os professores a "acabarem com o partido" de Serra. Bebel, como é conhecida, perguntou ainda: "Vocês acham que o Serra vai ser eleito?". E os manifestantes responderam "não" em coro.
Ela disse que a categoria deve aproveitar os últimos dias do governo Serra para protestar. Ele deixa o cargo na próxima quarta-feira (31) para disputar a Presidência. "Vamos aproveitar enquanto o governador não sai."
O próximo protesto da Apeoesp foi marcado justamente para a data de saída de Serra do governo. Deve ocorrer às 15h, na avenida Paulista, região central da cidade.
Hoje, a Apeoesp conseguiu reunir cerca de 5.000 pessoas nas imediações do Palácio dos Bandeirantes.
Outro lado
Questionada sobre as declarações de Bebel, a assessoria de Serra informou que a posição que tinha era a mesma da Secretaria de Educação.
Em nota, a Secretaria da Educação diz lamentar "a truculência e a violência dos sindicalistas, que nesta semana fizeram baderna até mesmo dentro de um hospital". "A secretaria considera que a violência é uma tentativa do sindicato de criar um fato político, já que a rede de 5.000 escolas estaduais funciona normalmente." 

Fonte: Daniel Roncaglia - FolhaOnline

Comentários

  1. A APEOESP TEM O MESMO OBJETIVO DO PCC, CAOS EM SP.

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