Geraldo Alckmin negocia parceria com União Europeia

Presidente da República em exercício reiterou a importância da agenda da sustentabilidade e da economia verde durante o encontro

Frans Timmermans e Geraldo Alckmin 

Mafe Firpo - Veja

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, se encontrou com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans. Esta é a primeira vez que Alckmin atua como presidente interino.

A reunião, que ocorreu na manhã desta segunda-feira, tinha como objetivo tratar do adensamento das relações bilaterais da parceria estratégica entre o Brasil e a União Europeia, que existe desde 2007.

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O bloco é o maior importador agrícola do mundo e seus 27 estados membros, em conjunto, são o segundo maior parceiro comercial do Brasil – país é o segundo maior fornecedor de produtos agrícolas para o bloco. A visita do vice-presidente executivo foi feita no intuito de rever o posicionamento brasileiro na pauta ambiental e, principalmente, nos compromissos do país com o desmatamento. 

De acordo com a Secretária de Comunicação Social da Presidência (Secom), Alckmin e Timmermans discutiram temas associados ao comércio, à sustentabilidade e ao meio ambiente. Durante a reunião, o presidente em exercício reiterou que a agenda de sustentabilidade e a economia verde vão ser a base para a reindustrialização brasileira. 

Além disso, “Alckmin ainda sublinhou a importância da candidatura de Belém (PA) para sediar a COP 30, em 2025”, disse a Secom em nota.

“Os dois lados reforçaram a relevância do acordo de livre comércio entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia. O comprometimento de ambos com a sua entrada em vigor foi reiterado”, acrescentou a Secom. 

Durante o governo de Jair Bolsonaro, as negociações entre Europa e América Latina ficaram travadas devido à agenda ambiental (ou falta dela) do ex-presidente. 

Segundo a União Europeia, da parte do Mercosul faltam “questões sobre desenvolvimento sustentável, a adesão ao Acordo de Paris e o desmatamento, especialmente no Brasil”. Já os países latino-americanos afirmam que é preciso rever o acordo, que daria mais benefícios à indústria europeia do que aos membros de seu bloco.

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