A cidade quer equilíbrio, não o extremismo; temos realizações concretas que nos credenciam a fazer dos próximos quatro anos os melhores da história

Ricardo Nunes
Prefeito de São Paulo (MDB), é candidato à reeleição
TENDÊNCIAS / DEBATES - FOLHA DE S.PAULO
Ser prefeito de uma cidade com 12 milhões de pessoas, a maior da América Latina, exige antes de tudo equilíbrio. O prefeito de São Paulo lida diariamente com centenas de problemas, alguns complexos, e ao mesmo tempo que deve agir em cada canto da cidade com o máximo de agilidade e presteza, deve sinalizar para toda a população e para o mundo que à frente da cidade há alguém que a conduz num caminho seguro.
Segundo turno é o momento de comparar histórias de vida e trajetórias. E aqui, sem resvalar para qualquer tipo de crítica fora do contexto democrático, temos duas escolhas muito claras. Meu adversário, apenas três anos antes da posse de Bruno Covas, estava apedrejando as vidraças da Fiesp e disse literalmente: "Vidraças quebradas da Fiesp não são nada perto da quebra e do dano que a Fiesp causa ao povo brasileiro diariamente".
Apedrejar a sede de uma entidade à luz do dia já é em si mesmo um ato de vandalismo impossível de relativizar. Mas a Fiesp não é só um prédio. É responsável por bilhões de reais de investimentos num setor gerador de 2,5 milhões de empregos, representando 130 mil empresas. Portanto, foi um ataque a 2,5 milhões de famílias e uma evidência que um postulante à prefeitura jamais pode ostentar em sua biografia.
A atitude do prefeito é importante porque dela dependerão os investimentos que poderão ou não afluir para a cidade e a geração dos empregos que o povo tanto necessita. O ambiente de credibilidade e confiança é crucial para manter a saúde financeira e para que as políticas públicas sejam mantidas e ampliadas, combatendo as desigualdades diárias de uma megalópole.
Temos um conjunto de realizações concretas que nos anima e nos credencia a assumir o compromisso de fazer mais, inovar mais, fazer dos próximos quatro anos os melhores da história de São Paulo. Zeramos a dívida da cidade, um feito inédito que permite hoje alcançarmos o grau de investimento, o maior nível de credibilidade internacional já registrado.
Esse resgate nas finanças possibilitou um recorde histórico de investimentos, chegando a R$ 18 bilhões em 2024. Estamos fazendo o maior programa habitacional de nossa história, zeramos a fila das creches, fizemos o maior programa de asfalto novo de todos os tempos, ampliamos os equipamentos de saúde, com 19 novas UPAs, por exemplo. Um avanço em todas as áreas, principalmente com obras e serviços para a periferia. Como resultado dessa combinação de investimento e redução de impostos setoriais, alcançamos o menor índice de desemprego desde 2015 em nossa cidade.
Do outro lado, temos a agenda de um candidato que já se posicionou pela desmilitarização da polícia, a favor da descriminalização das drogas, a favor das saidinhas —fora seu histórico notório de liderar badernas e enfrentamentos à polícia, com imagens fortes e assustadoras, que propaganda adocicada nenhuma será capaz de apagar. São dois projetos bem diferentes. A ordem ou a desordem. O equilíbrio ou o extremismo. A experiência ou a inexperiência.
Mais do que ninguém, sei que temos muito que avançar. Temos de inovar e aproveitar os próximos quatro anos para criar um ambiente de prosperidade, sobretudo na periferia, com apoio ao empreendedorismo, à capacitação e conexão dos jovens com as imensas possibilidades do mundo digital. Nesse caminho, a parceria com o governador Tarcísio de Freitas é fundamental para a construção de uma São Paulo de mãos dadas com a inovação.
Não é com radicalismo e extremismo que faremos São Paulo avançar. O caminho seguro é o do equilíbrio, da experiência, de manter as conquistas e aperfeiçoar o que for preciso. São Paulo pode contar com meu trabalho, dedicação e amor todos os dias.
Comentários
Postar um comentário