Para apurar o possível estelionato jornalístico, o Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim), Joaquim José Miranda Júnior, requisitou à Delegacia do Departamento de Falsificações e Defraudações de Belo Horizonte a instauração de inquérito policial.
As reportagens da revista afirmam que o ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo, teria sacado mais de R$ 100 milhões de estatais mineiras para remeter a uma lista de políticos e personalidades, quase todas ligadas ao PSDB. A lista, com requintes esquisitos para anotações clandestinas, como registro em cartório e firmas reconhecidas, foi produzida por falsário identificado e preso por isso bem antes da publicação das reportagens. Há erros grosseiros, como a caracterização dos supostos beneficiados com cargos que eles só iriam ocupar anos depois da data do “documento”.
Na nota distribuída pela Superintendência de Comunicação Integrada do MP-MG, a Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais informa que, “em 3 de dezembro de 2012, encaminhou à redação da CartaCapital o ofício nº 108/2012-SCI-PGJ, pelo qual esclarece à Chefia de Redação da revista quanto à improcedência da informação veiculada na matéria De volta à origem, da edição de 14 de novembro deste ano”.
O interesse especial do Ministério Público se dá pelo fato de o material usado pela revista estampar assinatura falsificada do promotor de Justiça Adriano Estrela, o que levou o MP a considerar o alicerce da notícia “absolutamente inidôneo” e “forjado”.
Fonte: Revista Consultor Jurídico
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