
Segundo ele, a demissão do ministro deu fim a um "problema político imediato", mas agravou a falta de articulação política da presidente Dilma Rousseff.
"A saída do ministro Antonio Palocci resolveu, sem dúvida, um problema político imediato para a presidente Dilma Rousseff, que será sucedido por outro de bom tamanho. Vai-se uma crise, chega outra", avalia Serra, em artigo publicado esta manhã em seu blog.
Segundo o tucano, Palocci era o "personagem forte de um governo hesitante e fraco". "Até a convulsão que envolveu a si próprio, [Antonio Palocci] exercia o papel de primeiro-ministro", diz, na análise.
O ex-governador afirma ainda que Palocci tinha "liderança" dentro do PT e proximidade com o ex-presidente Lula, a quem Serra chama de "virtual tutor da presidente" Dilma Rousseff e "ao mesmo tempo, seu potencial causador de enxaqueca" até o fim do governo, em referência às interferências de Lula na crise que paralisa o governo há 24 dias.
Serra encerra o artigo dizendo que a nova chefe da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), não terá condições de suprir o vácuo de interlocução política deixado por Palocci.
"[Os ex-presidentes] Fernando Henrique e Lula não precisavam de um primeiro-ministro. Dilma, sim. E agora?", indaga, ao final.
Fonte: DANIELA LIMA – Folha.com
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