Terrorista preso diz que objetivo do atentado a bomba em Brasília era “provocar uma intervenção militar”

Bolsonarista confessou ter colocado o artefato, que recebeu no acampamento do QG do Exército, em um caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto JK

Alan Diego dos Santos

Em depoimento no Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) na tarde desta quinta-feira (19/1), o bolsonarista Alan Diego dos Santos confessou à Polícia Civil do DF (PCDF) a participação na tentativa de atentado a bomba em Brasília.

Durante duas horas, ele admitiu aos investigadores ter atuado como comparsa do empresário George Washignton de Oliveira Sousa, já preso pelo ocorrido.

Na véspera do Natal de 2022, equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), com apoio da Polícia Federal (PF) e da PCDF, se mobilizaram em área próxima ao Aeroporto de Brasília para desarmar um artefato encontrado em um caminhão no local.

Durante a oitiva, Alan admitiu ter colocado “pessoalmente o artefato explosivo” no veículo carregado de material inflamável. Ele ainda disse que, no momento em que deixava a bomba, estava na companhia do jornalista Wellington Macedo de Souza, 47, “no veículo deste”. Wellington é o terceiro réu da tentativa de atentado e se apresentava como “Preso do Xandão”. Ele permanece foragido.

Ainda conforme relato do extremista detido, a intenção com a detonação da bomba era “provocar uma intervenção militar”.

O explosivo tinha potencial de provocar sérios danos à região ou “uma tragédia”, como definiu o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, à época.

Alan ainda afirmou ainda que recebeu o artefato horas antes, no acampamento do QG do Exército, de George Washington. “A narração de Alan corrobora de forma exata as investigações conduzidas pela Polícia Civil”, destacou Rafael Povas, chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) – uma das unidades da Decor.

Fonte: Metrópoles

Comentários