Cidadania decide apoiar Lula e pode descartar federação com o Podemos

Em votação interna, nesta quarta (28/12), o partido Cidadania registrou 16 dos 21 votos a favor de apoio ao governo Lula 




Sandy Mendes - Metrópoles

A Executiva Nacional do Cidadania aprovou, nesta quarta-feira (28/12), o apoio do partido ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi tomada após votação realizada entre os dirigentes. Foram 16 votos favoráveis dos 21 totais. 

Os cinco restantes não participaram da votação. Entre eles, o presidente do partido, Roberto Freire.

Com a decisão de apoiar o petista em 2023, abre margem para uma possível participação da legenda no governo. O nome mais cotado para assumir algum cargo no Executivo é o da senadora Eliziane Gama (MA). Ela apoiou Lula no segundo turno das eleições e participou do conselho político do gabinete de transição.

O Cidadania formou federação com o PSDB para disputar as eleições deste ano. Sem concorrentes ao Palácio do Planalto, as siglas apoiaram a candidatura de Simone Tebet (MDB) e concordaram com a indicação de Mara Gabrilli (PSDB) como vice da chapa. Mas, após a derrota de Tebet em primeiro turno, o Cidadania seguiu a ex-candidata e declarou apoio formal à campanha de Lula em segundo turno. Do outro lado, os tucanos optaram pela neutralidade.

Nas últimas semanas, porém, houve articulações para que o Podemos entrasse na federação junto do Cidadania e o PSDB. No entanto, a legenda presidida por Renata Abreu, tem indicado que será oposição a Lula assim como os tucanos, o que poderá levar o Cidadania rejeitar a integração da sigla ao grupo.

O futuro governo já conta com apoio de mais de dez partidos. Das agremiações que participarão da base governista, ao menos 9 estão com a chapa do PT e PSB desde o primeiro turno. Além dos partidos do presidente e do vice, estiveram na coligação majoritária: PV, PCdoB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e Agir.

Comentários