Conversa foi considerada preliminar e vai depender do resultado do segundo turno
Bruno Araújo, Baleia Rossi, Simone Tebet e Roberto Freire
Julia Lindner - Estadão
De olho na possível aliança entre União Brasil e PP, outros partidos começaram a se movimentar para continuar no jogo e fazer frente aos adversários no Congresso a partir do próximo ano. Nesta quarta-feira (19), os presidentes do MDB, PSDB, Cidadania e Podemos se reuniram para discutir uma possível federação entre eles. A conversa foi considerada preliminar e vai depender do resultado do segundo turno e das articulações de outras siglas para avançar.
Na visão de lideranças dos partidos envolvidos, a federação entre PSDB, MDB, Cidadania e Podemos tem mais chance de vingar em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A avaliação é que, com a eventual reeleição de Jair Bolsonaro (PL), faria mais sentido para o PSDB, por exemplo, se manter mais próximo ao bolsonarismo do que fechar aliança com os emedebistas.
Além disso, existem dúvidas se a federação entre União e PP iria prosperar caso Bolsonaro vencesse. A ideia surgiu justamente como contraponto a uma eventual vitória de Lula no primeiro turno, o que não se concretizou. O atual presidente também já se comprometeu com a recondução de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, um dos principais objetivos do PP atualmente.
Se a federação entre União e PP prosperar, os dois juntos poderiam ter pelo menos 106 deputados. Seria a maior bancada, seguida pelo PL e PT. Por isso, siglas menores também pretendem se agrupar neste caso para garantir acesso ao comando de algumas comissões e ter mais influência nas decisões.
No Senado, a federação entre MDB, Podemos, Cidadania e PSDB poderia resultar na maior bancada da Casa. Na Câmara, a quarta maior.
Ainda seria preciso, no entanto, romper resistências em Estados onde as legendas são adversárias, já que elas teriam que ficar juntas pelos próximos quatro anos, o que já contempla as eleições municipais de 2024.
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