Pesquisa Ipec em SP: Haddad, Tarcísio e Garcia avançam quatro pontos cada

Petista mantém dianteira da disputa, mas vê  reduzir diferença numérica. Margem de erro é de três pontos percentuais

Fernando Haddad, Rodrigo Garcia e Tarcísio de Freitas

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) continua na frente da disputa eleitoral pelo governo de São Paulo. O candidato apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou de 32% das intenções de voto no primeiro turno para 36% em uma semana, de acordo com pesquisa Ipec divulgada nesta terça-feira pela TV Globo.

Na segunda posição está o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), citado por 21% dos eleitores do estado. No levantamento anterior do instituto fundado por ex-executivos do Ibope, o candidato que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) marcava 17% das intenções de voto. Assim como Haddad, o ex-ministro da Infraestrutura avançou quatro pontos percentuais.


O atual governador e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), marcou 14% na nova pesquisa e teve oscilação positiva idêntica à dos adversários. O tucano, que assumiu o cargo no lugar de João Doria (PSDB), era escolhido por 10% dos entrevistados há sete dias. 

As oscilações de Haddad, Tarcísio e Garcia se deram dentro da margem de erro estimada para o levantamento, de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Os outros candidatos não passaram de 1%., O contingente que declara ter a intenção de votar em branco ou nulo recuou de 15% para 10% na nova pesquisa. Não souberam ou não responderam 12% dos entrevistados (eram 20% na pesquisa anterior). 

Cenários para o segundo turno

Os pesquisadores do Ipec testaram três cenários para o segundo turno em São Paulo. Haddad venceria uma disputa direta contra Tarcísio com 43% dos votos, contra 32% do ex-ministro. Na pesquisa anterior, o placar desse eventual confronto era de 47% a 31%.

Se enfrentasse Garcia, o ex-prefeito seria eleito com o apoio de 42% dos paulistas, contra 31% do tucano. Veja os números completos:
Já em eventual disputa só com os nomes de Rodrigo Garcia e Tarcísio de Freitas nas urnas, o governador alcançaria 32% dos votos e o ex-ministro de Jair Bolsonaro, 31%. 

Apesar de líder na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, Fernando Haddad é também o candidato com maior rejeição dos eleitores. São 30% os que dizem não votar de jeito nenhum no petista, um recuo de dois pontos dentro da margem de erro. Tarcísio é rejeitado por 18% (tinha 14% há uma semana), enquanto Garcia tem o voto negado por 18% dos paulistas, estável em relação à última pesquisa. 

O Ipec entrevistou presencialmente 1.504 eleitores de São Paulo entre 3 e 5 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos, para um intervalo de confiança de 95%. O estudo está registrado na Justiça Eleitoral com o código SP-04493/2022. 

Campanhas dos candidatos

Ao longo da última semana, a campanha de Fernando Haddad usou propagandas no rádio e na TV com a mensagem de que São Paulo precisa “mudar”, o que remete ao fato de que o estado nunca foi governado pelo Partido dos Trabalhadores. Na direção oposta, Haddad também percorreu cidades do interior acompanhado de Geraldo Alckmin (PSB), que governou o estado por mais de uma década, em busca do apoio de um eleitorado que é simpático ao ex-tucano. 

A campanha de Haddad também tem exaltado feitos do período em que ele foi ministro. O mesmo expediente é adotado por Tarcísio de Freitas. O ex-chefe da pasta da Infraestrutura do governo Bolsonaro cita a concessão de aeroportos e obras, entre elas a transposição do Rio São Francisco no Nordeste, para seduzir os eleitores paulistas. 

Rodrigo Garcia se apresenta no horário eleitoral obrigatório como “novo governador”. O tucano chefia o Palácio dos Bandeirantes desde abril, quando assumiu o lugar de João Doria — que não é citado na campanha de Garcia. Para rivalizar com Tarcísio, com quem hoje disputa um lugar no segundo turno, o governador dá destaque ao programa de infraestrutura Pró SP, que pretende trazer investimentos para a realização de obras no estado.

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