Justiça nega direito de resposta a Frederico D’Ávila, deputado que xingou o Papa de vagabundo

Deputado agressor é um dos principais apoiadores de Tarcísio de Freitas na campanha ao governo de SP

Frederico D’Ávila, aliado do candidato Tarcísio de Freitas


A Justiça Eleitoral negou direito de resposta ao deputado Frederico D’Ávila, aliado do candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos), contra a propaganda da coligação São Paulo Pra Frente, do candidato à reeleição Rodrigo Garcia (PSDB). A peça veiculada no horário eleitoral exibe D’Ávila ofendendo o arcebispo dom Orlando Brandes de “safado” e o Papa Francisco de “vagabundo”.

Além de D’Ávila, são apresentados como aliados de Tarcísio de Freitas o candidato a deputado Eduardo Cunha, que foi preso e cassado por corrupção, Gilberto Kassab e a família Bolsonaro. O relator José Antonio Encinas Manfré não concedeu o direito de resposta, pois a peça não contraria a legislação, que veda a “veiculação de propaganda que possa ridicularizar candidatos”.

“Não concluo retratem essas afirmações fato sabidamente inverídico ou que consubstancie ofensa à honra ou à reputação desse representante”, descreve o relator, que complementa: “somente a afirmação que evidentemente se configura como inverídica é passível de direito de resposta”. D’Ávila deu a polêmica declaração contra o Papa na tribuna da Alesp em 2021. Seu alvo também foi ao arcebispo Dom Orlando Brandes.

“Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito e do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos, safados. A CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil”, disse.

O recado do deputado bolsonarista foi para Brandes após ter declarado numa celebração, antes de visita de Jair Bolsonaro a Aparecida, que “vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada".

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