Com erros de Tarcísio, campanha de Rodrigo Garcia projeta ultrapassagem

Nas próximas pesquisas, dizem que numericamente o tucano deve igualar ou até ultrapassar o bolsonarista 


Rodrigo Garcia foi ao debate do SBT acompanhado de mulheres


Guilherme Waltenberg - Poder360 

A campanha do governador paulista Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, diz que o crescimento na pesquisa Datafolha era esperado e deve ter continuidade nas próximas rodadas. O “sprint” final, dizem, será na última semana de campanha.

Garcia empatou tecnicamente com o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas está numericamente atrás. Eles têm 22% e 19%, respectivamente. Ambos estão atrás de Fernando Haddad (PT), que lidera com 36%.

Dias antes da pesquisa, pessoas da campanha já diziam que os trackingsinternos mostravam superioridade do tucano na captação de votos dos indecisos, que somavam 7% do total na pesquisa de 15 de setembro ante 10% na do início do mês.

Eles estimam que na próxima rodada de pesquisas Garcia deve estar numericamente igual ou ligeiramente adiante de Tarcísio. Além da prevalência entre os indecisos, a outra premissa que a campanha adota para as projeções é a de que a transferência de votos de Jair Bolsonaro (PL) ao seu ex-ministro bateu no teto.

São usadas algumas comparações, ainda que tenham diferenças, de outras campanhas em curso. Um exemplo é a do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) que, mesmo com apoio de Bolsonaro, não cresceu o suficiente para ir ao 2º turno na capital paulista em 2020. Ele teve alta com a aproximação ao presidente, até que estacionou.

Para Tarcísio, esse momento teria chegado, dizem. Não quer dizer que ele não possa mais crescer, mas terá de ir além da franja bolsonarista no Estado. Uma das portas de entrada para esse grupo são os prefeitos. Mas o atual governador vem trabalhando com eles desde que era vice de João Doria (PSDB).


PREFEITOS & ETAPAS

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, que apoia o ex-ministro Tarcísio de Freitas, teve encontros com prefeitos. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que apoia Haddad, também. Por ora, a costura está mantida pelo grupo de Rodrigo, com poucas exceções.

Foram relatadas algumas fases da campanha à reportagem, sendo que as primeiras aconteceram quase que simultaneamente.

Primeiro Rodrigo tinha que ser conhecido, melhorar a avaliação do governo e associar-se a ela. Depois, iniciar comparações -eufemismo para ataques- com os adversários. Por último, uma semana de mobilização de prefeitos e vereadores nos municípios e mais campanha na rua. Esse será o sprint final. Lembram que o ex-governador Márcio França também cresceu de maneira mais significativa nas duas últimas semanas em 2018.

Por último, haverá a busca pelo “voto útil” do eleitor antipetista. Garcia se sai melhor nas simulações de 2º turno contra Fernando Haddad (41% a 47%) do que Tarcísio (36% a 54%), segundo o Datafolha.

Para União Brasil e MDB, principais aliados, a campanha é fundamental para suas ambições. Estão mobilizados. No caso do 1º, garantiria a vice e possivelmente o governo, caso Rodrigo se licencie para concorrer a outro cargo em 2026, já que não pode ser reeleito. No caso do MDB, contam com o apoio estadual para a campanha de Ricardo Nunes à reeleição na capital paulista em 2024.


ERROS DE TARCÍSIO

O time de Rodrigo vai explorar 3 ações ligadas a Tarcísio que consideram erros políticos. O principal foi a briga do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), do partido de Tarcísio, com a jornalista Vera Magalhães em um debate. Ele era convidado do ex-ministro, que se desculpou, mas o tema deve continuar no radar.

No debate de sábado (17.set), Rodrigo Garcia foi acompanhado só de mulheres (foto abaixo). Além disso, o nanico Elvis Cezar (PDT) disse a Tarcísio que ele andava “com deputado que bate em mulher” em referência ao caso, por mais que não tenha havido agressão física à jornalista.

O vídeo de Tarcísio pedindo apoio à candidatura de Fernando Collor (PTB) para governador em Alagoas, dizendo que é dos “maiores políticos que já tivemos“, também chamou a atenção dos tucanos e aliados. Dizem que impacta negativamente a campanha do ex-ministro porque a imagem de Collor é pior no público de 60 a 70 anos, que teve dinheiro congelado pelo ex-presidente, faixa que Bolsonaro tem apoio forte.

Por último, dizem que as fotos de Haddad e Tarcísio rindo juntos no intervalo de um debate foi boa para reforçar a imagem de que os 2 querem se enfrentar no 2º turno e teriam se aliado contra Rodrigo.

Comentários

  1. Vou de Rodrigo Garcia.

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  2. Nota 10 para o Rodrigo. Vai ser o próximo governador

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  3. Eu Voto Em Rodrigo Garcia- 45

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