'Sem democracia não tem como ir bem na economia', diz Geraldo Alckmin

Declaração do candidato à vice-presidente foi dada em evento da Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDIB)

Geraldo Alckmin

Gustavo Schmitt- O Globo

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta segunda-feira que para a retomada dos investimentos o país precisa dar sinalizações ao mundo de estabilidade, previsibilidade, sustentabilidade e de uma democracia estável.

– Sem democracia não tem como ir bem na economia (...) É preciso parar com essa brigaiada dia e noite entre poderes para garantir segurança jurídica — afirmou o ex-governador durante participação em evento organizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDIB).

Segundo Alckmin, um eventual governo petista será comprometido com a responsabilidade fiscal. Ainda assim, ele não garantiu a manutenção da política do teto de gastos. Ao se referir à política que atrela o crescimento das despesas à inflação do ano anterior, Alckmin afirmou que "não tem teto mais furado que este". Ainda assim, ele não deu detalhes de como seria a política fiscal de um possível governo do ex-presidente Lula e afirmou que será preciso ainda discutir os critérios. 

— O teto de gastos é uma sinalização para a responsabilidade fiscal. Eu não posso ficar gastando mais do que arrecado. São Paulo nunca teve teto de gastos e é um exemplo de responsabilidade fiscal. Qual o problema de ficar engessando as coisas? Quem vai sofrer é investimento — afirmou. 

Ao exemplificar a possibilidade de retomada dos investimentos públicos, Alckmin lembrou de projetos de infraestrutura dos governos do PT como o Programas de Aceleração de Crescimento (PAC). 

Alckmin ainda defendeu a reforma tributária e disse que o próximo presidente eleito terá legitimidade para aprovar a proposta. 

Ele também citou duas propostas de simplificação tributária, como a a PEC 45 e a PEC 110, que já estão em discussão. 

— O lado ruim do presidencialismo é o embate de personalidades, há muitas caneladas. O lado bom do presidencialismo é a força a urna. As reformas todas precisam ser feitas nos primeiros seis meses, especialmente aquelas que demandam Propostas de Emendas Constitucional. Acredito que vamos rapidamente aprovar reforma tributária e ela pode impulsionar o PIB, ela simplifica. Pega os impostos e junta todos no IVA, como o mundo todo faz — concluiu.

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